Lula enfrenta mercado financeiro e defende responsabilidade fiscal com melhorias sociais
Para acalmar o mercado financeiro, após o jogo especulativo com a alta do dólar, o presidente Lula (PT) afirmou que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo. O petista fez a afirmação nesta quarta (3), durante o lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar.
“A gente vai ter uma política econômica sem causar sobressalto a ninguém, a gente vai ter uma política econômica que vai fazer esse país crescer, a gente vai continuar fazendo transferência de renda, e a gente ao mesmo tempo vai continuar com a responsabilidade que nós sempre tivemos. A Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003, e a gente manterá ele à risca”, disse Lula.
Toda essa polêmica ocorre após disparada do dólar nos últimos dias, em meio a uma desconfiança do mercado com a situação fiscal do país e desconforto com declarações do presidente sobre o Banco Central (BC). O engraçado é que essa movimentação acontece enquanto o Brasil apresenta indicadores econômicos positivos.
A inflação, que chegou a 12% em abril de 2022 (governo Bolsonaro), caiu para 4,62% e, no acumulado dos últimos 12 meses, está em 3,93%. A taxa de desemprego atingiu no último trimestre de maio a menor taxa desde 2014, chegando a 7,1%. Além disso, a renda domiciliar per capita teve alta de 11,5% e o aumento do salário mínimo real chegou a 6% em 2 anos.
GRIFO DA REDAÇÃO – Um presidente eleito pelo povo, com um programa de governo que busca equilibrar crescimento da economia com melhorias sociais para a população, tem todo o direito de reclamar da política absurda do Banco Central, que trabalha contra o país. Afinal, não se justifica manter taxas de juros ainda altíssimas com inflação sob controle, além de PIB e emprego crescendo. O chamado mercado financeiro nunca se preocupou com os setores produtivos nem com a situação do povo brasileiro. Quando tem crise, vemos indústria, comércio, agricultura e outros segmentos com problemas financeiros. Enquanto isso, os bancos celebram o crescimento dos seus lucros. É um absurdo dizer que o dólar aumenta por conta das críticas de Lula ao presidente do Banco Central, quando houve desvalorização de moedas em mais 84 países. Na verdade, esse mercado sempre chantageia governos que têm visão social para colocar as políticas de Estado a serviço de quem mais precisa.
com informações da CNN Brasil