Lula vai priorizar viagens e inaugurações pelo Brasil
Após recolocar o Brasil no cenário internacional, visitando 24 países e firmando vários acordos comerciais, em 2024 as viagens internas e entregas de obras serão as prioridades do presidente Lula (PT). Aos ministros, o petista disse que é preciso “conversar com muita gente” neste ano. Até porquê, em outubro, acontecem as eleições para prefeito e vereador, um aquecimento para a disputa presidencial de 2026.
Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a meta é executar mais ações e planejar menos, estratégia traçada para melhorar a aprovação do governo. Lula deseja, entre outros pontos: lançar e inaugurar obras do PAC nos estados; aproveitar a presidência do G20 para ampliar o peso do Brasil nas negociações internacionais; aprovar no Congresso a regulamentação da reforma tributária; administrar a relação com o Centrão; e reduzir o desmatamento no ano anterior à COP 30.
Em ano de eleições municipais, o presidente buscará melhorar, ainda mais, a aprovação do governo e impulsionar os candidatos da sua base. “Vai ser o ano inteiro [2024] de viagem pelos estados brasileiros e lançamento de obras do PAC, inauguração do Minha Casa, Minha Vida, de escolas técnicas, de institutos federais, lançar novas universidades federais”, disse em outubro.
Rui Costa afirmou que o governo trabalha em um cronograma de lançamentos e inaugurações de rodovias, escolas, moradias, unidades de saúde e outras obras que constam no PAC, que terá R$ 55 bilhões disponíveis em 2024. A intenção é ter eventos nas 27 unidades da federação no primeiro semestre, antes do período eleitoral.
PARTIDOS E CONGRESSO
Outro ponto que Lula dará atenção é a relação política no Congresso Nacional. Na última reunião ministerial, o presidente afirmou que manterá como “regra” o diálogo com os partidos. Na Câmara, as siglas de centro-esquerda asseguram cerca de 130 votos dos 513 deputados, número insuficiente para aprovar projetos.
Por isso, terá de manter a aliança com as legendas do Centrão. “Vocês têm que compreender a capacidade que nós temos de ter de negociar para aprovar qualquer coisa. Qualquer coisa”, declarou o presidente durante evento com catadores no fim do ano.
com informações do Bahia Econômica