Em assembléia unificada dos sindicatos dos trabalhadores metalúrgicos, realizada virtualmente na última quinta-feira, 26, a categoria aprovou a proposta de mediação apresentada pela Superintendência Regional do Trabalho.
Foram rodadas de negociações onde imperava a intransigência dos patrões que diante do cenário de crise do parque industrial metalúrgico na Bahia, buscava retirar conquistas históricas da Convenção para reduzir o custo da mão de obra e baratear os custos das demissões, mesmo diante a elevação do custo de vida, com a alta da inflação e a queda do poder aquisitivo dos trabalhadores, os patrões insistiam em não repor nem mesmo a inflação do período de 11,92% (INPC-IBGE) da data base, julho/2022.
Pela proposta aprovada pela categoria, a reposição das perdas salariais e de todas as cláusulas de natureza econômicas e a manutenção das demais cláusulas da Convenção Coletiva foram importantes conquistas diante o atual cenário devastador com fechamento de fábricas no Estado. Conforme o Dieese, nas categorias com data base no mês de julho, 31,8% firmaram acordos acima da inflação, 20,8% igual e 47,3% abaixo da inflação do período, com uma média de perda em -1,1% na massa salarial dos trabalhadores.
A Convenção é um instrumento no contrato de trabalho para os trabalhadores de diversos segmentos representados pelos metalúrgicos o que evidencia a importância do acordo na garantia dos seus direitos. Mas a luta não se encerra, continua, diante das discussões específicas nas empresas, seja pela implantação ou correção do valor das cestas básicas, os acordos de PLR, jornada e correção nos planos de cargos e salários, por exemplos, que são questões que vem sendo debatidas.
Fonte: Fetim-BA