APLB reúne centenas de educadores em protesto na SMED; classe ameaça entrar em greve, caso reivindicações não sejam atendidas
A APLB-SINDICATO reuniu centenas de trabalhadoras/es de ensino em um grande protesto, hoje (31), em frente à Secretaria Municipal de Educação de Salvador (SMED), ocupando a Avenida Garibaldi. A manifestação teve ainda a participação de parlamentares, movimentos sociais e outras entidades de ensino. A redução de mais de 44 turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a retirada, pela SMED, de professores especializados em Arte, Educação Física e Língua Estrangeira do Ensino Fundamental 1 e 2, da rede pública da capital, foram as principais motivações do ato, que pediu ainda a saída do secretário do órgão, Marcelo Oliveira.
Após pressão intensa da categoria, o gestor da pasta recebeu a direção da APLB, mas foi irredutível nas negociações. Marcelo Oliveira se negou a atender o pleito da classe e disse que não voltará atrás nas decisões tomadas pela secretaria. Sem negociação, os educadores ameaçaram entrar em greve e decidiram seguir com os protestos até que a gestão revogue as medidas que, segundo a APLB, prejudicam não somente os trabalhadores, mas alunos e toda a comunidade escolar.
“É lamentável sentar com um eletricista que dirige a Educação. Não tem argumento e nem preparo, infelizmente. A categoria que faz a escola não foi ouvida. Não dá para oferecer aulas de Arte sem um profissional formado na área, por exemplo. Esperamos compreensão e uma resposta positiva, mas ele [Marcelo Oliveira] insiste em desapontar”, disse Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.
Marilene Betros, vice coordenadora da APLB, destacou os avanços obtidos pela entidade ao longo dos anos. “Não aceitaremos esse desmonte da Educação municipal. Continuaremos lutando contra o retrocesso. Valorizar os profissionais da Educação é respeitar e manter todas as conquistas que tivemos, fruto de muita luta”, disse.
A APLB manifestou ainda preocupação com o início do Ano Letivo sem estrutura adequada nas escolas para cumprir os protocolos sanitários e evitar riscos de contaminação pela Covid-19. A entidade pede atividades remotas ou híbridas até o controle total da pandemia, a fim de evitar aumento nas transmissões do vírus.
“A forma como Marcelo Oliveira nos recebeu mostrou que a gestão não está aberta ao diálogo com a classe. Ele não recuou em nada e mantém suas decisões arbitrárias e prejudiciais ao aspecto qualitativo da Educação de Salvador. Não vamos admitir isso. Se os prejuízos forem mantidos a greve será inevitável”, disse Marcos Barreto, diretor da APLB.
Ele informou que amanhã (01/02) o protesto será em frente ao Centro de Convenções, na Boca do Rio, às 13h. “Seguiremos mobilizados até que o nosso pleito seja atendido”, concluiu Barreto.
Fonte:APLB