A abertura oficial do 4º Congresso Nacional da CTB, na noite desta quinta-feira (24/08), foi bastante representativa, com participação de inúmeras autoridades, centrais sindicais, parlamentares e lideranças trabalhadoras.
Como anfitrião, o presidente da CTB-Bahia, Pascoal Carneiro, cumprimentou os presentes e afirmou que o momento exige luta. Ele destacou que a recomendação da CTB para os sindicatos é endurecer a postura nas negociações salariais. “Se eles querem que o negociado prevaleça sobre o legislado, nós vamos endurecer na mesa de negociação, nós vamos lutar por reajustes cada vez maiores”, destacou.
Ele afirmou que os trabalhadores e trabalhadoras precisam batalhar pela eleição de parlamentares comprometidos pela luta. “Se eles pensam que vão eleger os caciques de sempre, vamos mostrar que podemos eleger políticos comprometidos com a luta popular e trabalhadora”, encerrou.
O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, comentou que a política é fundamental para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras e que o movimento sindical tem de lutar não apenas por direitos trabalhistas e melhorias salariais, mas também pela mudança na correlação de forças políticas, pela transformação do país. "Juntos podemos construir um Brasil e um mundo menos desigual e mais humano”, porque nem “FHC conseguiu fazer o que Temer está fazendo em tão curto tempo”, complementou.
O presidente da FSM e diretor da Cosatu, sindicato da África do Sul, Mike Makwayiba saudou os participantes do 4º Congresso Nacional da CTB e reforçou a solidariedade e união da classe trabalhadora contra o capital.
Já Peter Poschen, diretor da OIT no Brasil, sinalizou com a possibilidade de o Congresso da CTB “desenvolver saídas para a crise do Brasil”, superando este momento crucial na história.
A mesa contou com representantes da Força Sindical, da Nova Central, UGT e da CUT, CNTM, além da presença de diversos políticos, delegações estrangeiras, secretárias do governo da Bahia, dirigentes estudantis, movimento negro e de mulheres, mostrando a força da central que mais cresce no Brasil.
Muito festejada foi a presença da presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia, Maria Agda Aguiar. Ela reforçou a necessidade de os dirigentes sindicais estarem bem preparados para enfrentar a realidade criada pelo governo golpista.
“Representante sindical tem que chegar à mesa de negociação com altivez”, afirmou. “Está nas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras o destino da Justiça do Trabalho. Vamos continuar de pé e de olhos bem abertos”.
Enquanto Carlos Muller, dirigente da CTB, reafirmou a necessidade de fortalecer as bases do movimento sindical porque “os trabalhadores e as trabalhadoras estão enfrentando o maior ataque da história a seus direitos”.
O representante do PCdoB, Renato Rabelo defendeu a unidade das forças democráticas para “reverter o caos que estão implantando no país”. Para ele, a saída para o impasse da crise brasileira está na política.
Já a deputada estadual Fabíola Mansur representou o PSB e defendeu a unidade porque “o PSB tem lado, sempre teve”, o lado da classe trabalhadora. “Querem tirar a nossa esperança, mas nós resistimos”.
O vice-presidente da CTB, Vicente Selistre disse que “este 4º histórico Congresso deve reverter a barbárie capitalista ultraliberal que ataca o Estado Democrático de Direito”. Ele concluiu que “não há a caminho fora da unidade”.
Finalmente, Marianna Dias, presidenta da UNE afirmou que “a unidade das centrais sindicais foi essencial para a vitoriosa greve geral de 28 de abril e essa unidade deve se estender a todo o movimento social para vencermos o golpe”.
Mais de 1.200 líderes sindicais do Brasil e do mundo participam do Congresso, que acontece até a noite de sábado (26/08). Delegações de todo o Brasil estão representadas no evento.
Estiveram presentes ao encontro, a secretária de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte da Bahia, Olívia Santana; a secretária de Políticas para Mulheres da Bahia, Julieta Palmeira; representantes das centrais sindicais CUT, Nova Central, UGT e Força Sindical, representantes da UBES, UBM, entre outros.
Os parlamentares Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Alice Portugal (PCdoB-BA), Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Fabíola Mansur (PSB-BA) também estiveram presentes ao evento.
