“Atravessando o tempo e construindo o futuro da luta contra o racismo” este será o tema da conferência que a professora, filósofa e ativista norte-americana Angela Davis fará nesta terça-feira (25/7), às 18h, no salão nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, em Salvador.
O evento, que integra a programação do Julho das Pretas, organizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, é promovido pelo Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
A conferência será transmitida em telões instalados na quadra e no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e no auditório do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (ISC). No IFBA, que fica na rua Araújo Pinho, a quadra oferece 400 lugares, o auditório, 292 e, no ISC, localizado na rua Basílio da Gama, são mais 127 poltronas.
Além disso, é possível ouvir toda a conferência também à distância, graças à transmissão ao vivo assegurada pela WebTV UFBA (youtube.com/tvufba) e pela parceira TV Educativa, a TVE (youtube.com/tvebahia, facebook.com/tvebahia ou, ainda, irdeb.ba.gov.br/tveonline).
A ativista
Angela Davis é ativista política de longa trajetória, ou seja, desde os anos 1970, quando se apresentou ao mundo como comunista e dirigente do grupo radical Panteras Negras (Black Panther Party). Ganhou mais notoriedade ao ser feita ré de um dos mais controvertidos julgamentos criminais da história de seu país, o que terminou por lhe valer, em 1979, o Prêmio Lênin da Paz. Traz no currículo décadas de lutas pelos direitos civis das pessoas negras e contra seu encarceramento em massa, batalhas contra múltiplas formas de racismo e de sexismo, temas a que mais recentemente adicionou o da sustentabilidade do planeta.
Em paralelo, Davis é pensadora respeitada nos meios acadêmicos, reconhecida pela competente articulação que estabelece entre demandas dos movimentos sociais e reflexões teóricas. Formou-se em Filosofia pelas Universidades Brandeis dos Estados Unidos, Sorbonne, na França, e de Frankfurt, na Alemanha, e nesse percurso foi aluna de Jean-Paul Sartre e de Herbert Marcuse. Hoje ela ocupa a Cátedra Presidencial da Universidade da Califórnia no Departamento de Estudos Afroamericanos.