Hoje é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT

Geral CTB Geral 28/06/2017

 

No dia  28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex), a data é  lembrada mundialmente, depois de um episódio onde o oficial Seymour Pine da Divisão de Moral Pública, junto de outros guardas disfarçados, invadiu o bar gay Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich, Nova York. Prendeu diversos clientes, alegando “conduta imoral”, mas o objetivo real era coagir a comunidade LGBT. Batidas policiais em ambientes da comunidade eram frequentes, muitas vezes com demonstração de brutalidade e abuso de autoridade.

O levante contra a perseguição da polícia às pessoas LGBT durou mais duas noites e, no ano seguinte, resultou na organização na 1° parada do orgulho LGBT, realizada no dia 1° de julho de 1970, para lembrar o episódio. Hoje, as Paradas do Orgulho LGBT acontecem em quase todos os países do mundo e em muitas cidades do Brasil ao longo do ano.

No Brasil, na Bahia

Segundo o levantamento anual do GGB (grupo gay da Bahia) estamos entre os recordistas em HOMOFOBIA em 2016. O GGB relatou 32 homicídios de gays, travestis e lésbicas, o que corresponde a um assassinato a cada 25 horas, causados por ódio a homossexuais e pessoas trans e 99% dos crimes tem motivação homofóbica.

 O trabalho incansável de ativistas de organizações como o GGB, combinado com a crescente cobrança do movimento LGBT brasileiro, e em resposta à crescente pressão popular para que estes crimes fossem adequadamente apurados e investigados, resultou na instalação de uma central para recebimento de denúncias de violações de direitos humanos da população LGBT através da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) que registrou 9.983 denuncias só em 2012.

Nesse sentido, a CTB Bahia acredita que é necessário abordarmos o tema do preconceito sofrido pelos homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros e travestis também no mercado de trabalho à luz da proteção dos princípios constitucionais, uma vez que, eles eram e continuam sendo muito discriminados no ambiente profissional, apesar de estarem presentes em quase todas as áreas de trabalho. 

“Há um número crescente de morte em função do momento que vivemos de disseminação de ódio. A ignorância que gera o preconceito, que gera os assassinatos. Por isso pedimos a criminalização da LGBTfobia para que se tenham estatísticas e políticas públicas de proteção”, ressalta a secretária de Políticas Sociais da CTB Bahia, Flora Brioschi.

É fato que os homossexuais estão se inserindo cada vez mais no mercado de trabalho, mas para que isto deixe de ser um problema é preciso uma mudança social e cultural. Desta forma devemos sempre demonstrar que diante da Constituição Federal todos são iguais, sem qualquer tipo de discriminação.