17ª Reunião de Direção da CTB: É hora de fazer o enfrentamento

Geral CTB Geral 11/04/2017

A complexidade da atual conjuntura nacional e os desafios impostos à classe trabalhadora nesse cenário de crise econômica e política deram a tônica ao debate da 17ª reunião da Direção Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), nesta segunda-feira (10/4), em São Paulo.

Dezenas de dirigentes das seções estaduais da CTB participam, até a terça-feira (11), da reunião que deve organizar a greve geral do dia 28 de abril; e os preparativos para o 4º Congresso Nacional da Central, que acontece no mês de agosto, em Salvador.

A mesa de abertura, composta pelo presidente Adilson Araújo; o secretário-geral Wagner Gomes; Celina Arêas, secretária de Formação nacional; Lenir Fanton, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RS; e Vicente Selistre, vice-presidente e representante do Partido Socialista do Brasil (PSB); contou com a presença do deputado federal Orlando Silva (PCdoB), recém-empossado presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados.

Ao abrir o encontro, Adilson Araújo pintou um retrato dramático da situação do país, que classificou como “um golpe do capital contra o trabalho". Para ele, neste momento é fundamental manter o diálogo com a sociedade para romper com essa barreira neoliberal rumo à retomada do crescimento e geração de emprego.

De acordo com o sindicalista será necessário multiplicar esforços para barrar as medidas repressivas encaminhadas pelo governo Temer. “A retomada do crescimento tem ficado a cada dia mais difícil. E, diante da necessidade de romper com essa agenda repressiva, se torna imprescindível o crescimento da nossa luta. Nosso empenho deve ser multiplicado”, alertou Araújo ao convocar: “Nesse sentido, o dia 28 promete ser histórico. Nossa mobilização terá um impacto muito grande nesse cenário de incertezas política e econômica. Vamos impor pressão para conseguir vencer esse pacote de maldades do governo Temer”, garantiu.

Orlando Silva fez uma exposição das ameaças que tramitam no Congresso e o desafio em barrar projetos que retiram direitos da classe trabalhadora e o papel das forças de esquerda na atual conjuntura.

Durante sua fala, o deputado federal destacou "a complexidade em um cenário de recessão e os retrocessos liderados por Temer que enterram qualquer horizonte de retomada da economia no país".

Para ele, ainda que o cenário seja adverso, a luta e a resistência serão fundamentais para barrar as movimentações do governo. "E o dia 28 de abril é estratégico para impulsionar uma mudança na correlação de forças".

Opinião compartilhada por Vicente Selistre, ao frisar que “há uma grande orquestração das forças neoliberais para revogar todos os direitos conquistados ao longo das décadas".

Para Selistre, o único caminho possível a se trilhar diante da crise política que se instalou é a resistência. “É a oportunidade de criar e ampliar a resistência de todas as frentes e construir um novo caminho para 2018 barrando essa ofensiva brutal que presenciamos hoje”, analisou ao completar: “Esse será o grande desafio para CTB, defensora da unidade”.

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