A mobilização foi organizada pelos sindicatos e movimentos ligados a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE). A atividade começou às 8h, na sede do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE). Com o auditório lotado, as feministas assistiram a aula-pública sobre os riscos da reforma da previdência. A exposição contou com as participações do advogado Marcos Fernandes d´Ávila, da secretária Nacional da CTB (presidenta do SEEB/SE), Ivânia Pereira e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, Valdilene Martins.
Depois da aula e do debate, as mulheres saíram e caminhada pelas ruas do centro de Aracaju e encerraram os protestos com grande ato na Praça General Valadão. De acordo com as organizadoras, do interior sergipano, a caravana contou com representantes de sindicatos rurais de cerca de 10 cidades.
“Este ano, o 8 dia março, teve como mote a defesa do trabalho das mulheres. O Brasil que está sob o comando ilegítimo de Michel Temer, os direitos trabalhistas estão ameaçados”, afirma a presidenta da UBM/SE, Pureza Sobrinha.
Mulheres serão mais penalizadas
Segundo Ivânia Pereira, a população “precisa saber” que a reforma da Previdência em curso, no Congresso Nacional, significará, na prática, o fim da aposentadoria. “A injustiça será maior para as mulheres, quando tentam igualar o tempo de contribuição para a aposentadoria entre os sexos. A situação de exploração das mulheres brasileiras tende a piorar, já que a carga de trabalho extra realizado em casa, continua quase que exclusivamente sob a responsabilidade das mulheres. São as mulheres que trabalham mais, ganham menos, tem mais responsabilidades e sofrem mais discriminações. Dos dados, 90% das mulheres declararam exercer trabalho não remunerado, ou seja, atividades domésticas. Segundo o levantamento, em 2015, 40% dos lares brasileiros eram chefiados por mulheres, 34% deles sem a presença do cônjuge. Em 2000, 24,9% das famílias eram chefiadas por mulheres”.
Novos protestos no dia 15
O presidente da CTB/SE, Edival Góis convidou as militantes para retomarem as ruas no próximo dia 15, Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações em Defesa da Previdência. Articulado pelas centrais sindicais, em Aracaju, o protesto será realizado no dia 15, às 14h, na Praça General Valadão. “Junto com as outras centrais sindicais, a CTB cumprindo a tarefa de convencer a população dos riscos da reforma da previdência. Estamos dialogando com a população e ando quanto as ameaças de retirada de direitos históricos e da redução do papel social do Estado brasileiro. A saída para todos nós, mulheres e homens, é irmos para as ruas protestar e defender o ‘fora Temer’”, defende Edival Góis.
Por Déa Jacobina. Ascom/SEEB/SE