Neste Sábado, 21 de janeiro, celebra-se 10 anos do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data recorda o falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum, que foi vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana, sendo acusada de charlatanismo. Ela faleceu no dia 21 de janeiro 2000, vítima de infarto.
Segundo dados do Grupo de Atuação Especial de Combate à Discriminação (GEDHDIS), o número de casos de intolerância religiosa registrados na Bahia aumentou 300% em 2016, em comparação com o ano de anterior. Em 2015, foram computados 13 casos, já em 2016 foram registrados 56.
O secretário de Combate o Racismo da CTB Bahia, Sílvio Pinheiro, ressalta a importância do respeito às diferença, inclusive religiosa. ”Nós temos que saber respeitar a escolha do outro, cada um tem direito de seguir a religião que escolhe, não deve existir intolerância religiosa na sociedade em que vivemos. Nós da CTB, entendemos que a intolerância religiosa deve ser combatida, antes de tudo, deve prevalecer o respeito à escolha de sua religião em nosso país, nós defendemos um Estado Laico”, concluiu.
Todos devem denunciar os casos de intolerância religiosa no Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos. O serviço funciona 24 horas por dia, as ligações são gratuitas, inclusive de telefones móveis, neste número também recebe denúncias de outros tipos de violações aos direitos humanos, como racismo, tortura e violência sexual.
