Servidores do Roberto Santos mobilizados por melhores condições de trabalho

Geral CTB Geral 04/11/2016

Mobilizados, os servidores do Hospital Roberto Santos (HGRS) se reuniram com a direção do Sindsaúde-Ba, na manhã de quinta-feira (3), para discutir a pauta de reivindicações e organizar a manifestação do dia 9 de novembro, dia de paralisação em defesa do reajuste salarial e contra a retirada de direitos.

Durante o encontro, que contou com a participação da diretora administrativa, Shirley Batista, e de representante da Coordenação de Pessoal, os trabalhadores manifestaram preocupação em relação à sobrecarga de trabalho devido ao déficit de profissionais, à carência de materiais básicos e à situação das obras na área externa da unidade, praticamente paralisadas.

Quanto à falta de materiais, frisaram que até o centro cirúrgico foi afetado, provocando filas enormes para a realização de cirurgias eletivas. Segundo os servidores, faltam roupas, lençóis, campos cirúrgicos, bactericidas para higienização de equipamentos e materiais contaminados. Além disso, denunciaram dificuldades registradas em alguns setores em função do número de troca de plantões.

O sindicato reafirmou a crítica aos gastos elevados da gestão com a implantação de um sistema biométrico de registro de frequência, que não funcionou. A Comissão de Servidores do HGRS falou, ainda, sobre a necessidade de diálogo com a direção em relação ao corte de insalubridade e pendências relacionadas à licença prêmio.

 

Núcleo de Saúde

O presidente da entidade, Sílvio Roberto dos Anjos e Silva, parabenizou os trabalhadores pelo nível de mobilização e ressaltou que essa união é fundamental para impedir a perda de direitos adquiridos da categoria.

“As condições de trabalho no Roberto Santos estão ruins de uma forma geral e a sobrecarga é uma realidade na maioria dos setores”, constatou Inalba Fontenelli, diretora do Sindsaúde-Ba e funcionária da unidade. Ela ressaltou que servidores e pacientes do hospital estão enfrentando grandes dificuldades e riscos para ter acesso às dependências, depois que as linhas de ônibus que circulavam até a entrada da unidade foram retiradas devido às obras no local. “Obras que estão praticamente paralisadas”, reforçou.

Inalba chamou atenção, também, para a necessidade de união e fortalecimento da luta dos trabalhadores, defendendo a criação do Núcleo de Saúde do Trabalhador. Os diretores do sindicato abordaram ainda a importância da luta contra a PEC 241/2016, já aprovada na Câmara Federal e tramitando no Senado como PEC 55/2016, já apelidada de “PEC do Fim do Mundo” por congelar investimentos para as áreas de Saúde e Educação e tirar direitos da classe trabalhadora. A Reforma da Previdência foi outro ponto apontado como preocupante, que precisa ser acompanhado com atenção pelos trabalhadores.

A diretora Tereza Deiró destacou o comprometimento do Sindsaúde em relação à pauta de reivindicações dos servidores da Saúde, frisando que a entidade continua cobrando a marcação de uma audiência conjunta com os secretários da Saúde e da Administração. Ela esclareceu também sobre o andamento da mudança de tabela da GID (com vistas à majoração da mesma) e conclusão, até final de novembro, do decreto da promoção.

 

Fonte: Sindsaúde