Desemprego no Brasil atinge 12,4% em primeiro semestre de 2016

Geral CTB Geral 21/10/2016

 

Relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta quinta-feira (20), mostra que a taxa de desemprego no Brasil atingiu 12,4%, é a maior entre os países da América Latina no primeiro semestre deste ano. De acordo com o relatório, a alta foi de 3,5 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2015.

O relatório fez um balanço do desempenho dos mercados trabalhistas da América Latina e do Caribe em 2015, ano em que, como consequência da leve recessão econômica, a taxa de desemprego registrou sua primeira alta desde 2009, alcançando os 6,5%, meio ponto a mais do que em 2014.

O estudo da ONU indica que os mercados de trabalho latino-americanos e caribenhos, especialmente o brasileiro, continuaram pressionados pelos efeitos da contração econômica e da deterioração geral de indicadores.

"Cabe assinar que o maior aumento do desemprego se verificou no Brasil (mais de 3 pontos percentuais). Tendo em conta o peso desse país na medição regional, é óbvio que houve grande impacto na taxa correspondente à América Latina e ao Caribe em seu conjunto", aponta o relatório.

ONU e Cepal ainda alertam para a desvalorização dos salários. "No Brasil os salários caíram em termos reais, com magnitude de 1,5%, em um contexto de aumento da inflação, acompanhado de marcante contração da demanda trabalhista”.

Em um cenário de crise e com a implementação de uma agenda regressiva e de arrocho no Brasil, o relatório da ONU não aponta horizontes de melhoras significativas da situação do mercado de trabalho no segundo semestre.

PIB

No que se refere às projeções de crescimento, o Produto Interno Bruto (PIB) da região deve cair 0,9% em 2016. O índice para o Brasil é pior, a projeção é de crescimento negativo, recuou de 3,4%.

Os dados da ONU ainda apontam que a contração do PIB regional e seu impacto no mercado de trabalho afetará a manutenção da queda anual da taxa de ocupação.

Acesse o relatório completo aqui.

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