Prefeitura de Itabuna não comparece à audiência com o Sindserv

Geral CTB Geral 20/10/2016

 Numa demonstração de grande descaso e falta de respeito para com os servidores municipais de Itabuna, a prefeitura não enviou representante para a audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho, solicitada pelo Sindserv e agendada para a manhã desta quarta-feira (19/10). Participaram da audiência apenas a Procuradora do Trabalho no município de Itabuna, Sofia Vilela; Wilmaci Oliveira, presidenta do Sindserv; Matheus Góes, diretor do Sindserv e a servidora Vilmara de Almeida.

Diante dos frequentes atrasos de vales transportes, auxílio-alimentação, não pagamento do 1/3 constitucional de férias, o Sindserv solicitou uma a mediação do MPT.

Contudo, a mediação foi frustrada pelo não comparecimento dos representantes do município. Até a procuradora constatou a falta de compromisso da administração municipal com os trabalhadores e registrou na ata da reunião que “é cabível a mobilização da categoria para a adoção de medidas coletivas e urgentes, na esfera judicial, administrativa e sindical, no intuito de solucionar os impasses trabalhistas, uma vez que o ente político sequer está comparecendo ao Ministério Público do Trabalho para buscar a resolução extrajudicial dos problemas laborais, demostrando um pleno desrespeito às instituições públicas”, escreveu Drª Sofia, sugerindo que os servidores entrem em greve para garantir seus direitos.

Em nota, o MPT recomendou à prefeitura que efetue os pagamentos pendentes, alertando que, sendo constatado o descumprimento “serão tomadas todas as medidas, administrativas e judiciais, para se evitar a reiteração do ilícito, bem como para a reparação do direito violado”.

No entendimento da presidenta do Sindserv, Wilamci Oliveira, a atitude do executivo municipal é digna de repúdio por toda a categoria. “É repugnante ver a maneira como esta administração trata os servidores e servidoras, sem um pingo de respeito e consideração”, protestou Wilma. A presidenta afirmou que será preciso uma grande e intensa mobilização da categoria para que os direitos sejam respeitados. “Talvez seja o caso de fazermos uma nova greve, desta vez mais participativa, paralisando de fato todos os serviços”, conclamou Wilma, numa referência à recente greve de 30 dias, que foi histórica, mas não teve a adesão de todos os trabalhadores, e por isso não atingiu seus objetivos. “Precisamos sair deste estado de letargia e lutarmos com garra pelos nossos direitos, e isso só será possível com a participação maciça da categoria, o sindicato sozinho não tem força, mas se passarmos a dar prejuízos financeiros e políticos ao executivo, talvez passemos a ser tratados com um pouco mais de respeito ”, ponderou a dirigente sindical.

 

Fonte: Ascom do Sindserv Itabuna.