Nesta terça-feira (04), foi divulgada uma pesquisa da CNI-Ibope que demostra que apenas 14% da população considera o governo de Michel Temer ótimo ou bom; 34% avalia ser regular e 39% entende ser ruim ou péssimo. No quesito "maneira de governar", 28% aprovam o atual governo, contra 31% da pesquisa passada; e 55% desaprova, contra 53% da aferição anterior.
A confiança no presidente Michel Temer se manteve também estável: 26% confiam (eram 27% antes) e 68% (eram 66% antes) não confiam. A pesquisa foi realizada entre 20 e 25 de setembro, com 2.002 pessoas em 143 municípios.
O levantamento comparou o governo Temer com o da antecessora Dilma Rousseff. Aumentou de 25% para 31% a parcela da população que considera a gestão Temer pior. Essa percepção se deu principalmente entre os residentes no Nordeste e com renda familiar de até um salário mínimo. O percentual que considera o governo do peemedebista melhor subiu de 23% para 24%.
Não houve grande oscilação sobre perspectiva do atual governo: 24% (eram 24%) consideram que o restante do mandato de Temer será ótimo ou bom; 30% (eram 32%) consideram que será regular; e 38% (eram 35%) entendem que será ruim ou péssimo.
Entre os homens, 29% dos entrevistados confiam mais no presidente Temer, um percentual maior do que o de mulheres, que ficou em 24%. As mulheres também "superam" os homens na avaliação ruim ou péssimo do governo — são 42% delas contra 36% deles. Os mais idosos, homens e mulheres, apresentam maior confiança, chegando a 34% de quem tem 55 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2%.
O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, entende que não houve mudança significativa nas duas pesquisas, mas ressalta que as reformas esperadas podem afetar a popularidade de Temer. "Tem espaço para melhorar, até porque (a popularidade) é baixa. O governo vai procurar nesses dois anos que restam melhorar sua aprovação e tudo isso passa pelo debate das reformas, algumas delas denominadas impopulares, como mudanças na previdência e na legislação trabalhista", disse Fonseca.
O gerente disse ainda que esperaria um impacto até mais negativo na imagem do governo. "Quando se efetivou o impeachment de Dilma, aumentaram as manifestações contra Michel Temer. Esperaria até um impacto mais negativo nesse governo, até pelas eleições. Os grandes temas começarão a ser discutidos agora", afirmou.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Pereira, comentou a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, Segundo ele, a falta de popularidade do presidente “faz parte do momento em que o Brasil está vivendo”. "Recebemos o país em uma crise muito profunda, mas já deu uma melhorada e vai continuar melhorando. Estamos todos empenhados em melhorar o ambiente de negócios, o emprego e a renda".
Portal CTB com agências