Greve dos bancários cresce e bancos voltam a negociar

Geral CTB Geral 20/10/2015

Depois de 14 dias de greve, a Federação Nacional dos Bancos - Fenaban finalmente marcou uma nova rodada de negociação com os bancários para as 16h desta terça-feira (20/10), em São Paulo. Os trabalhadores aguardam com expectativa o que as empresas têm a apresentar. Mas, lembram que a paralisação segue com a mesma força desta segunda-feira, quando 12.496 agências ficaram fechadas nos 26 estados do país mais o Distrito Federal.

Na primeira proposta, muito rebaixada, o setor mais lucrativo da economia nacional, que no primeiro semestre colocou nos cofres R$ 36,3 bilhões, ofereceu 5,5% de reajuste salarial. As questões sobre contratação, segurança e saúde ficaram sem resposta.

“Foi a força do nosso movimento que conseguiu reabrir as negociações com a Fenaban. Por isso, ele precisa se manter forte e crescente como tem acontecido até agora, com a ampliação do número de agências fechadas, para que possamos arrancar uma nova proposta de reajuste decente para os bancários. A hora é de aumentar a mobilização e pressionar os bancos por aumento real nos salários”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que integra o Comando Nacional dos Bancários e participa da negociação nesta terça-feira.

Movimento na Bahia

Se depender da disposição dos bancários baianos o movimento será vitorioso. Nesta segunda feira (19/10), 14º de greve, foram 1.066 agências fechadas em todo o estado, sendo 615 na base do Sindicato da Bahia; 76 em Vitória da Conquista; 35 em Feira de Santana, 30 em Ilhéus; 41em Irecê; 36 em Jacobina; 31 em Jequié; 40 em Itabuna; 22 em Camaçari; 60 em Barreiras; 30 em Juazeiro e 50 no Extremo Sul.

“Os bancários sabem melhor que ninguém o quantos os bancos lucram todos os dias através do seu trabalho. Essa tática de tentar vencer a categoria pelo cansaço ou enganar com um abono ao invés de reajuste não funciona mais com os bancários. Nós não abriremos mão de aumento real de salário. Esta é a condição para o fim da greve”, afirmou Emanoel Souza.