Entidades lançam Frente em Defesa do SUS

Geral CTB Geral 15/09/2015

Entidades da área de Saúde e representantes de movimentos sociais aprovaram o lançamento da “Frente Democrática em Defesa do SUS”, em debate promovido pelo Sindsaúde-Ba e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), na última sexta-feira (11/09), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Bahia (OAB-BA).

O objetivo da frente é consolidar um processo de articulação permanente de pessoas e organizações representativas dos diversos movimentos sociais que comunguem do mesmo projeto: A construção de um Sistema Único de Saúde-SUS no Brasil, conforme foi estabelecido na Constituição Federal de 1988. A próxima reunião da Frente será no dia 25 de setembro, na OAB.

De acordo com a médica auditora do SUS, ma Sesab, Rosana Bezerra, a frente irá lutar por um SUS democrático que não seja desrespeitado, como vem ocorrendo na atual gestão do governo do estado. “O Conselho Estadual de Saúde, órgão legitimo de controle social do SUS, vem sendo desrespeitado. Algumas decisões do governo como a extinção das Dires e a implantação dos consórcios de saúde não foram debatidas previamente no Conselho”, pontuou.

Durante o debate foi apresentada a Tese do Cebes para a 9ª Conferência Estadual de Saúde, que contribuirá para as discussões durante o evento. O diretor do Sindsaúde-Ba, Dijalma Rossi, falou sobre a situação da Saúde Pública, lembrando a recente greve dos trabalhadores da Sesab contra o desmonte do SUS no Estado.

“O momento em que estamos vivenciando é bem retratado nesta tese. Temos hoje um modelo bem diferente do SUS que foi criado. Temos um SUS que interessa também ao capital e a indústria privada, que interessa destruir a sua verdadeira política deste sistema. Reconhecemos que tivemos muitos avanços, mas ainda não é suficiente. Diversos municípios do estado ainda não têm sistemas eficientes de proteção à saúde da população”, denunciou. O diretor do Sindsaúde criticou também os constantes ataques que o SUS vêm sofrendo nos últimos anos, a exemplo do avanço das terceirizações e privatizações, que está precarizando os serviços de saúde no estado.

Fonte: Sindsaúde Bahia.