Mais uma vez nos dirigimos à sociedade baiana, especialmente aos clientes dos postos de combustíveis em nosso estado, para informar e esclarecer o porquê de recorrermos à greve nesta Campanha Salarial 2015, para que nossos direitos já conquistados sejam respeitados e para alcançarmos outros, como a adoção do plano de saúde e um reajuste salarial decente.
Para nós a greve é o último recurso diante da intransigência dos patrões que se recusam a negociar. A Greve é a única palavra que os péssimos patrões entendem porque a paralisação das atividades nos postos de combustíveis dá prejuízo financeiro aos seus bolsos.
Nossa data-base é 1º de maio, foram oito rodadas de negociações e o descaso e desrespeito estavam estampados, e ainda estão, em todas as mesas, inclusive diante de autoridades do Ministério Público do Trabalho, porque falta interesse em negociar.
Se recusam a avançar os benefícios sociais, querem retirar direitos como a periculosidade para os que trabalham nas lojas de conveniências e escritórios, não investem em segurança deixando a categoria exposta a assaltos, não garantem ambiente de trabalho decente e saudável, muitos patrões não fornecem água potável para beber e nem área de convivência, praticam assédio moral simulando demissões por justa causa burlando direitos trabalhistas, descontam fardamento dos trabalhadores, cheques devolvidos e prejuízos dos assaltos como se fossem vales de adiantamento de salário, instituindo constantemente fraudes nas relações de trabalho.
Chantagem imoral
Os patrões apostam no confronto e não temem a Justiça. Todos os anos assinam a Convenção Coletiva de Trabalho e desrespeitam deliberadamente diversas cláusulas. Acontece que além do Jurídico do Sinposba normalmente promover ações trabalhistas para rever os direitos desrespeitados dos trabalhadores, existe uma multa prevista por descumprimento da CCT; quando identifica o desrespeito aos direitos da categoria, o Sindicato ajuíza ações na Justiça e vem vencendo diversas em todo o estado, condenando as empresas a restituírem financeiramente os trabalhadores lesados. Isso incomoda e muito a ganância dos patrões.
Agora, em 2015, praticam chantagem imoral ao condicionarem e atrelarem a assinatura da CCT à diminuição do valor da multa prevista a 10% do valor do piso do frentista para cada infração que cometerem, instituindo de vez a fraude nas relações trabalhistas.
Intransigentes
Enquanto obtém lucros astronômicos nas bombas e em serviços, se recusam a negociar a pauta de reivindicações apresentada pelo Sinposba e também não aceitam a proposta mediada pelo Ministério Público do Trabalho –MPT.
Diante dessas, e tantas outras humilhações e intransigências, estamos em greve em luta por nossos direitos, e em reação ao desrespeito dos patrões com quem cumpre o dever de atender bem à população, gerando riqueza tanto na capital como no interior do estado.
Solicitamos apoio à sociedade baiana e agradecemos sua atenção.
Salvador, agosto de 2015
A Diretoria do Sinposba.
