Com proposta insuficiente, greve continua na UPA Escada

Geral CTB Geral 11/08/2015

A assembleia dos médicos da UPA de Escada, na noite desta segunda (10/8), deliberou pela continuidade da greve, após considerar incompleta e insuficiente a proposta apresentada pela Pró-Saúde na negociação que ocorreu na sexta-feira passada.

O principal questionamento dos grevistas foi quanto à insistência da gestora terceirizada em descontar dos salários os dias parados. Tal atitude, por sua natureza antiética e ilegal, foi contestada com veemência.

Historicamente os dias parados de uma greve são pagos normalmente, de forma integral, acompanhando entendimento corrente na Justiça do Trabalho, como já aconteceu em diversas greves dos médicos baianos. Recentemente, até o Superior Tribunal Federal definiu em favor de funcionários públicos de São Paulo, determinando o pagamento.

Outros pontos questionados foram imprecisões na proposta, como a explicitação clara da data de contratação do ortopedista e a definição de quando entram em vigor os novos valores que serão pagos para PJ e CLT.

Os médicos também não aceitam a recusa da empresa em contratar mais um clínico para o dia, na medida em que a demanda de pacientes na unidade justifica plenamente o pleito explicitado durante a greve.

Assim, a assembleia decidiu que serão intensificadas as ações de mobilização. Os médicos vão procurar novamente o secretário de Saúde do Estado, Fabio Vilas-Boas, no sentido de superar o impasse provocado pela Pró-Saúde.

Na última reunião com o secretário, na terça-feira da semana passada, ele se mostrou decidido a resolver os entraves para a retomada dos atendimentos na UPA de Escada e chegou a estabelecer a sexta (7) como prazo limite para uma solução, o que não ocorreu.

A assembleia também autorizou o Sindimed a ingressar na Justiça do Trabalho com pedido de reconhecimento de vínculo e instauração de dissídio coletivo.

Uma nova assembleia está marcada para a próxima quinta-feira, dia 13, no Sindimed, para quando se espera que a Pró-Saúde evolua nos pontos questionados e apresente uma proposta aceitável.

 

Fonte: Sindimed Bahia.