Greve dos servidores da Saúde movimenta o HGE

Geral CTB Geral 04/08/2015

Em greve há 18 dias por avanços salariais e contra o corte de direitos, os servidores estaduais da Saúde promoveram manifestação em frente ao Hospital Geraldo do Estado (HGE), maior unidade de emergência da Bahia, no início da manhã desta segunda-feira (3).

A categoria seguiu em passeata pela Avenida Vasco da Gama, onde paralisou o trânsito por cerca de 20 minutos para chamar atenção da população sobre os riscos do desmonte do SUS na Bahia, a forma desrespeitosa como o governo do estado vem tratando os trabalhadores da Saúde e o descaso com a assistência à população.

 A passeata seguiu em direção à sede do Centro Estadual de Oncologia (Cican) e do Hemoba, unidades que também fazem parte do complexo HGE. Em todos os pronunciamentos, tanto dirigentes do Sindsaúde-Ba quanto servidores de diversas unidades protestaram contra a forma arbitrária com que o governo está tratando o movimento. Repudiaram o pedido de decretação da ilegalidade da greve e os cortes indiscriminados na remuneração, afetando até servidores que trabalharam para manter os 30% exigidos por lei, servidores em férias ou licença médica.

O presidente do Sindsaúde-Ba, Silvio Roberto dos Anjos e Silva ressaltou que o movimento vem se fortalecendo a cada dia e que a categoria deve se manter unida e firme. “A greve continua até que o governo apresente uma proposta que contemple os anseios dos trabalhadores. Não vamos mais aceitar ser recebidos por superintendentes. Queremos discutir com os secretários”, afirmou Silvio.

 “Queremos negociar nossa pauta de reivindicações que contempla vários pontos, como a implantação do plano de carreira, que há seis anos não está regulamentado, o retorno do pagamento da insalubridade, a implantação  de carreira para o grupo administrativo, contra qualquer tipo de corte de na remuneração do trabalhadores”, complementou a diretora da entidade Tereza Deiró.

“O tratamento do governo com a greve não tem sido democrático. É lamentável, o que temos visto é uma atitude de perseguição e retaliação, injustificada e ilegal porque o direito de greve está respaldado na Constituição”, afirmou a diretora do Sindsaúde-Ba e vereadora de Salvador, Aladilce Souza.

 

Fonte: Sindsaúde Bahia.