A greve dos médicos da UPA de Escada continua. Após 20 dias de paralisação, a assembleia da última quinta-feira (30), decidiu manter o movimento, reafirmando a luta pelo afastamento da Pró-Saúde da gestão da unidade.
Acostumada a tratar médicos e demais funcionários na base das ameaças e do assédio moral, a gestora pensa que pode continuar desrespeitando a tudo e a todos. Mas na hora de sentar à mesa com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir as reivindicações e ajustar sua conduta frente à UPA, fugiu vergonhosamente.
Na audiência, o Sindimed e os médicos da UPA relataram os desmandos à procuradora Cláudia Soares, que determinou a notificação da Pró-Saúde e da Sesab bem como a expedição de ofício ao Ministério Público do Estado, no sentido de buscar a regularização das relações de trabalho na unidade de saúde do Subúrbio.
Assédio e ameaças
Os médicos denunciaram ao MPT a prática constante de assédio moral, principalmente por parte do diretor técnico Paulo Pimenta e da coordenadora médica Elisabete Dantas, que são responsabilizados nominalmente na ata da audiência.
Quanto às ameaças de desconto das remunerações por conta dos dias parados, a assessoria jurídica do Sindimed esclarece que o pagamento é devido e que pode ser cobrado na Justiça, como já ocorreu em outras UPAs, onde os gestores foram obrigados a garantir a remuneração integral.
Os problemas enfrentados na UPA de Escada serão abordados publicamente em debate que está sendo convocado pelo Sindimed para a próxima quinta-feira, 6 de agosto, às 19h30, no auditório do Sindicato.
Fonte: Sindimed Bahia.
