Servidores da Saúde decidem manter greve

Geral CTB Geral 31/07/2015

Com o Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários lotado, os servidores estaduais da Saúde aprovaram por unanimidade, em assembleia-geral na manhã desta quinta-feira (30/7), a continuidade da greve iniciada dia 17 de julho. Inconformados com o início dos cortes nos salários e a falta de avanço nas negociações, os trabalhadores decidiram também promover nesta sexta-feira (31) manifestação em frente à sede da Secretaria da Administração (Saeb), no CAB, para protestar pela restituição dos salários cortados e contra a falta de avanços nas negociações.

Até o encerramento da assembleia, por volta das 13h, o governo não enviou ao Sindsaúde nenhuma contraproposta à pauta de reivindicações, como acertado na mesa de negociação do dia anterior. Na reunião os representantes do governo se comprometeram apenas com a efetivação dos processos de progressão e promoção, com efeitos financeiros previstos para setembro ou outubro; com a instituição de um grupo de trabalho, no início de setembro, para estudar a incorporação da GID; e estudar a viabilidade de uma solução emergencial para o grupo técnico-administrativo, com o argumento de que o plano de carreira só será possível a longo prazo.

Entre as deliberações da assembleia, foi aprovado que a categoria só aceitará um plano emergencial para o grupo técnico-administrativo se for no máximo até outubro. Quanto aos cortes do adicional de insalubridade o governo se manteve irredutível, admitindo apenas a possibilidade de instalar uma junta médica para reavaliar os casos.

 Vacinação

 A categoria aventa a possibilidade de suspender a participação na campanha nacional Dia D da Vacinação, prevista para o dia 16 de agosto. A decisão será votada na próxima assembléia dos servidores, terça-feira (4), às 9h, no Ginásio dos Bancários.

O presidente do sindicato, Sílvio Roberto dos Anjos e Silva, comunicou que a assessoria jurídica deu entrada em agravo solicitando da Justiça a reconsideração e retratação em relação à decretação da ilegalidade da greve, considerando a multa diária de R$50 mil como “exorbitante”.

“Os burocratas do governo só nos tratam como números”, reagiu Inalba Fontenelle, diretora do sindicato, frisando que a categoria exige o comprometimento dos secretários e do governador sobre as reivindicações dos servidores da Saúde. Também diretora da entidade, a vereadora Aladilce Souza classificou como inaceitável a judicialização da greve por um governo oriundo do movimento sindical: “Conflito trabalhista se resolve é na mesa de negociação”.

A diretora Ivanilda Brito parabenizou em particular os servidores lotados no interior do estado, “que estão resistindo a todo tipo de pressão e mantendo a mobilização em todas as regiões”. Várias delegações do interior participaram da assembléia, como Teixeira de Freitas, Brumado, Itaberaba, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ibotirama, Cruz das Almas, Seabra, Boquira, Irecê e Macaúbas.

Além da manifestação de sexta-feira na Saeb os grevistas aprovaram um protesto em frente ao HGE, com passeata em direção à Vasco da Gama, na segunda-feira (3); assembléia-geral na terça-feira (4), no Ginásio dos Bancários, às 9h; e debate sobre a saúde pública na Bahia, quarta-feira (5), em local a ser divulgado.

Fonte: Sindsaúde Bahia.