Baianos lotam as ruas para celebrar o 2 de Julho

Geral CTB Geral 02/07/2015

 

Orgulho e tradição tomaram as ruas do centro de Salvador nesta quinta- feira (2/7),  data em que se comemora a Independência da Bahia do domínio português. O desfile que começa na Lapinha repete o trajeto percorrido pelas tropas baianas em 1823 após a vitória contra os portugueses que se recusavam a aceitar a independência do Brasil, proclamada em setembro de 1822.

Os carros do Caboclo e da Cabocla, que representam os guerreiros baianos, abriram o cortejo protagonizado pelo povo. Partidos, políticos, autoridades públicas e entidades do movimento social e sindical também participam do desfile, que percorre ruas e ladeiras do Centro Histórico até o Pelourinho.

A CTB e diversos sindicatos filiados participaram da festa, levando as bandeiras de luta para o cortejo e seguindo uma tradição de 192 anos. “O 2 de Julho é uma festa, mas também sempre foi um espaço privilegiado para o protesto. Da luta pela democracia, durante a ditadura militar, ao enfrentamento aos desmandos dos governantes e o protesto contra a inflação, tudo cabe no 2 de Julho. Este é o espaço do povo que leva seu protesto organizado ou até solitário, mas protesta”, afirma o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.

“A CTB Bahia sempre participou deste momento. Este ano, nós estamos levando as nossas bandeiras de luta contra a terceirização, o fator previdenciário e a ameaça de retirada de direitos que está vindo do Congresso Nacional, mas também estamos levantando a bandeira de defesa de uma Salvador mais inclusiva e melhor para o seu povo. A nossa cidade é uma das principais capitais do país, mas também é uma das mais desiguais. Percebemos que os investimentos destinados aos bairros populares são infinitamente menores que os feitos nas chamadas áreas nobres. O transporte é deficitário, a saúde enfrenta uma série de problemas e o prefeito insiste em investir em festa. Não podemos mais aceitar isso. Salvador precisa ser cuidada e pensada para incluir toda a população. 2015 e 2016 serão anos decisivos para mudar esta situação e a CTB vai participar da discussão e construção de um projeto melhor para o povo de Salvador”, acrescentou Aurino.