Servidores cobram reajuste salarial na Governadoria

Geral CTB Geral 26/03/2015

“Se não pagar, a saúde vai parar!” Entoando palavras de ordem com apitaço e batucada, servidores da saúde realizaram protesto em frente à Governadoria, nesta quarta (25) para cobrar do governador Rui Costa, o reajuste salarial 2015 do conjunto do funcionalismo público do estado. Servidores da capital e do interior participaram do ato deixando clara a insatisfação da categoria com a falta de valorização dos serviços públicos pelo governo do estado.

Após pedirem a presença do governador na manifestação, os trabalhadores e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde-Ba), formaram uma comissão que foi recebida pelo secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes. Repetindo o que já havia dito em reunião no dia 24 de março com representantes do sindicato e de outras entidades, o secretário afirmou que o governo está preocupado em negociar o reajuste e não poder honrar com o pagamento do salário dos servidores por conta da crise financeira do Estado.

O secretário realizará uma nova reunião nesta quinta-feira (26), às 10h, com a participação de representantes de todas as categorias do funcionalismo público estadual para anunciar a proposta do governo.  A proposta será apresentada e discutida em assembleia dos servidores da saúde que será realizada na próxima segunda-feira (30), “Esta situação é um total desrespeito com o trabalhador. Já deixamos claro que não vamos aceitar um reajuste com percentual abaixo da inflação, nem parcelado”, afirmou o presidente do Sindsaúde-Ba, Silvio Roberto dos Anjos e Silva.

Com data base em 1º de janeiro, os trabalhadores, sobretudo os da saúde, estão indignados já que boa parte da categoria encontra-se com o salário base abaixo do mínimo. As entidades que representam os servidores públicos do estado, através da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), pedem o reajuste linear, em índice que observe a inflação do ano de 2014, de 6,41% (IPCA-IBGE) e que considere um cronograma de reposição das perdas salariais.

Além disso, as categorias não aceitam a posição adotada pelo governo nos últimos anos de dividir o reajuste em duas parcelas. Os trabalhadores pedem também o aumento do valor do ticket alimentação que não é reajustado há mais de seis anos.

 

Fonte: Sindsaúde Bahia