Setor automotivo sofre com demissões no Sudeste

Geral CTB Geral 08/01/2015

Se a situação já estava complicada desde o segundo semestre de 2014, o começo deste ano é ainda pior para o setor automotivo. No Sudeste do Brasil, já são milhares de trabalhadores demitidos ou em férias coletivas, uma realidade dura de aceitar.

 Esta semana, a Volkswagen anunciou a demissão de 800 funcionários da fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Cerca de 11 mil empregados voltavam nesta semana de uma licença remunerada de quase 30 dias.

Já a Mercedes-Benz colocou mil trabalhadores em licença remunerada (lay-off) até abril, 750 em São Bernardo do Campo e 250 em Juiz de Fora. As unidades da GM nas cidades paulistas de São José dos Campos e São Caetano do Sul também ameaçam milhares de funcionários de demissão.

 As montadoras têm sido beneficiadas ao longo dos anos com muitos incentivos fiscais. Mas, isso não parece sensibilizar as empresas. Com queda nas vendas e os pátios lotados, as montadoras querem que a classe trabalhadora pague o prejuízo gerado pela economia. Um absurdo. A conta do ano passado é bem amarga: o setor automotivo demitiu 7,3 mil em apenas 7 meses.

 Na Bahia, o movimento sindical tem conseguido nos últimos anos evitar demissão em massa e manter os níveis de empregabilidade, com muito esforço. “Se há uma crise no setor automotivo ela não foi criado pelos trabalhadores. Nossa luta é para que não haja demissões em massa e sim pela preservação dos empregos, tão importantes para toda a Região Metropolitana de Salvador”, explica Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari.

Fonte: Metalúrgicos Bahia.