Trabalhadores devem continuar mobilizados

Geral CTB Geral 19/12/2014

O ano de 2014 foi de grandes batalhas e 2015 não será diferente. Os trabalhadores devem ficar atentos para a posse de deputados federais e senadores, em fevereiro, e acompanhar de perto a movimentação do novo Congresso Nacional, que é o mais conservador e empresarial da história recente do país.

O ambiente político não é dos mais favoráveis para a classe trabalhadora, pois houve redução drástica da bancada sindical na Câmara dos Deputados. Agora os trabalhadores têm apenas 51 representantes, enquanto os empresários serão 190, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP. Isto sem falar na bancada ruralista, que tem 131 membros e costuma votar contra os interesses dos assalariados.

O cenário econômico também traz preocupações, pois o Brasil ainda sofre com os efeitos da crise econômica mundial, o que deve reduzir os incentivos governamentais a alguns setores produtivos e diminuir a geração de empregos. Com isso, o empresariado vai buscar aprovar projetos que diminuam direitos trabalhistas, para manter a sua margem de lucro. A Confederação Nacional da Indústria, inclusive, já elaborou uma pauta específica para ser trabalhada no Parlamento e no governo, com nada menos do que 101 proposições neste sentido. 

A terceirização, o simples trabalhista, a flexibilização da CLT e as prerrogativas sindicais serão alguns pontos atacados pelo setor empresarial, com o objetivo de desmontar os dois principais pilares de sustentação dos trabalhadores: os direitos trabalhistas e a organização sindical.

“O ano de 2015 será de muita disputa. Disputa pela manutenção do projeto político em desenvolvimento no país e também contra os ajustes que o empresariado vai tentar impor para diminuir o papel do Estado e retirar direitos. Nós vamos manter uma luta permanente contra isso. Por isso, estamos buscando a unificação da pauta dos trabalhadores e do conjunto das centrais sindicais. Nós entendemos que é a unidade do povo nas ruas, que vai ganhar a disputa de projeto e fazer avançar os direitos que os trabalhadores realmente necessitam. Uma central sozinha não é capaz de fazer estas transformações, por isso a construção da unidade de lutas das centrais e dos movimentos populares será a principal tarefa da CTB para 2015”, ressaltou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.