Os bons ventos da economia no governo Lula [PT] fizeram o mercado financeiro rever suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. As novas estimativas apontam para um crescimento de 0,9% no segundo trimestre, quase dobrando a indicação anterior, de 0,5%. A expectativa é de uma alta de 2,4%, ante 2,2% na projeção anterior, feita em julho. Mas já há quem aposte em um crescimento de 2,5%.
Nesta segunda (19), o Boletim Focus do Banco Central (BC) também destacou que o PIB deve crescer acima do previsto no início do ano, apesar de uma projeção mais conservadora: a mediana do indicador subiu de 2,20% para 2,23%. Aponta ainda que a inflação continua dentro do teto (4,5%) do centro da meta do BC, estabelecida em 3%. Assim, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 ficou em 4,22%.
As projeções confirmam o cenário de aquecimento da economia, puxado por um aumento da renda média da classe trabalhadora. Além disse, houve a rápida recuperação do Rio Grande do Sul, estado duramente atingido por enchentes em abril e maio, mas que foi logo socorrido pelo governo federal.
“Tivemos um crescimento disseminado e os vetores que podiam trazer o PIB para baixo não se materializaram", afirmou o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier, ao InfoMoney. "O PIB brasileiro é, em sua maioria, fruto do consumo das pessoas. […] por volta de 60% depende da renda das pessoas assalariadas. Se a renda das pessoas está crescendo, isso provoca crescimento do PIB, significa que o consumo aumenta, impacta nas empresas que vendem mais”, explicou o economista Fábio Sobral, da Universidade Federal do Ceará (UFC).
com informações do InfoMoney