Estudo: trabalho "invisível" das mulheres pode acrescentar 8,6% ao PIB
Em grande parte feito pelas mulheres, o trabalho invisível poderia acrescentar cerca de 8,6% ao PIB nacional caso fosse remunerado. O cálculo foi feito pelos pesquisadores do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) Isabela Duarte Kelly, Claudio Considera e Hildete Pereira de Melo.
Esse tema ganhou visibilidade nacional após figurar na redação do último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para chegar a esse número, os pesquisadores multiplicaram a quantidade de horas dedicadas a esses afazeres pelo valor médio da hora trabalhada pelas empregadas domésticas em cada estado.
Dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua) mostram que, de 2016 a 2022, as mulheres relataram dedicar, em média, 21,3 horas por semana às tarefas domésticas. É quase o dobro dos homens (11,1 horas).
Se essas horas fossem remuneradas, o PIB cresceria 13,1% por ano no período. Entre 2001 e 2011, a média foi inferior, rodando perto de 11,4%. Segundo os pesquisadores, o principal fator que ocasionou essa mudança de nível foi a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Domésticas. Promulgada em 2013, ela elevou a formalização no mercado no mercado de trabalhadoras domésticas e também os rendimentos da categoria.
com informações do Diap