Professores e professoras das quatros universidades estaduais baianas (UNEB, UESC, UEFS, UESB) paralisaram suas atividades, nesta quarta(12), em todo o estado. Além da greve de 24 horas, as associações de docentes das instituições realizaram uma caminhada no Centro de Salvador.
Segundo Clóvis Piau, coordenador geral da ADUNEB, a luta é para que o governo negocie as perdas salariais de 53%, segundo cálculos do Dieese, e outras demandas da categoria. "O ato visa chamar atenção do governo para as necessidades dos professores universitários, que ganham mal num estado em que a economia vai bem. Não podemos deixar essa precarização dos profissionais e das universidades. Ensino superior é investimento", afirmou,
Elson Moura, da ADUSF (professores da UEFS de Feira), Marcelo Lins , da ADUSC (professores da UESC no Sul), e Alexandre Galvão, da ADUSB (professores da UESB no Sudoeste) falaram em nome de suas associações.
Para Marcelo Lins, da UESC, a manifestação mostra a situação difícil dos professores das universidades estaduais. "Nossa categoria no sul está bem envolvida com essa luta, refletindo a grande assembleia que realizamos. Além das perdas, também queremos o cumprimento de vários direitos do Estatuto do Magistério do Ensino Superior", destacou.
Segundo Alexandre Galvão, da UESB, "comparando todas as universidades estaduais do Nordeste, os professores baianos estão em antepenúltimo lugar em termos de salários".