Segundo dados preliminares divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o ano de 2022 foi o segundo pior dos últimos cinco para negociações salariais, ficando atrás apenas de 2021.
O instituto analisa os dados desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018, quando o Dieese começou a monitorar os acordos e convenções registrados no sistema mediador do Ministério do Trabalho.
Várias categorias de trabalhadores ainda não concluíram as negociações. Mas, dos quase 19.400 reajustes analisados, mais de 39% ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), referência neste tipo de acordo.
No cenário geral, a variação real média dos acordos salariais é negativa: -0,78%. As poucas categorias que conseguiram algum tipo de ganho real tiveram em média apenas 0,81% acima do INPC. O valor médio dos salários nos pisos oriundos de acordos coletivos foi de R$ 1.547,98.
Fonte: Assufba