‘Não demos procuração para ninguém dizer que não queremos mudar reforma trabalhista’ diz Adilson Araújo em aniversário da CTB
O presidente da CTB, Adilson Araújo, ressaltou que o apoio das centrais sindicais ao presidente Lula é legítimo, mas não significa um cheque em branco ao futuro governo. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (8) durante oevento que marca os 15 anos de fundação da Central, no Rio de Janeiro.
“A CTB nasce assentada em três questões fundamentais: a defesa da contribuição sindical, a defesa da unicidade e do fortalecimento do sindicalismo. Não há contradição entre apoiar um governo democrático e popular e, ao mesmo tempo, pressioná-lo para nossas lutas. Não demos procuração para ninguém dizer que não queremos mudar nada na reforma trabalhista, não demos procuração para ninguém dizer que não queremos a contribuição sindical. Temos que combinar a luta institucional com a luta social para fazer valer a importância de seguir lutando e resistindo com a perspectiva de transformar o Brasil”, disse o dirigente.
O vice-presidente Vicente Selistre alertou ainda para os ataques sofridos pelo movimento sindical. “Isso faz parte do plano do grande capital para que pudesse fazer o que fizeram. Seja a reforma trabalhista, seja a reforma da Previdência, seja nos ataques aos servidores públicos. Um país não pode ser desenvolvido, não pode ser civilizado, se não tiver a valorização do trabalho. Com a vitória do presidente Lula, com a vitória das forças democráticas, é preciso levar nossa agenda, nossa pauta fundamental da CTB, que é a unicidade. O movimento sindical independente, forte, combativo e de luta”, destacou.
União dos trabalhadores
Presidenta do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Valeria Morato ressaltou ainda que o momento é de união da classe trabalhadora. “A CTB foi essencial na vitória do presidente Lula e na derrota de Bolsonaro. Nós só derrotamos o fascismo porque tivemos amplitude. Muitas lutas virão e precisamos estar cada vez mais fortalecidos e fortalecidas”, destacou.
Igualmente, o vice-presidente da Central, Ubiraci Dantas, apontou a importância da união dos setores democráticos. “Nós derrotamos o fascismo através de uma frente ampla. Agora temos a posse. É muito importante a participação da CTB, da nossa Central, nessa posse. Para que possamos resgatar o nosso verde e amarelo, a nossa bandeira, que pertence ao povo brasileiro, e não a fascista nenhum”, atestou.
Sob o mesmo ponto de vista, o presidente da CTB de São Paulo, Renê Vicente, enfatizou: “A CTB foi fundamental na derrota do fascismo. A CTB participou de todos os debates, colocando a necessidade de unidade para derrotar o fascismo”.
Assim, diante do debate, a secretária da Mulher Trabalhadora, Celina Áreas, salientou a necessidade de valorização do espaço político da Central. “Esse é o momento que temos que reafirmar os compromissos da fundação da nossa Central. Tenho certeza de que todos e todas nós faremos da CTB uma central classista, plural e unitária”, disse, ao ser complementada pelo presidente da CTB-RJ, Paulo Sérgio Farias: “Conviver com todas as correntes políticas que temos na CTB tem sido um desafio prazeroso”.
Novos filiados à CTB
Acima de tudo, a 4ª Reunião da Direção Nacional foi ainda um espaço para agregar os novos filiados. Entre eles, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev-RJ), que abrigou o evento.
Dessa forma, para a diretora administrativa da entidade, Milena Lopes, o papel da Central é essencial para a conquista popular. “A gente entende o valor dessa central para todo trabalhador e para todas as demandas que a gente tem. O Sindsprev está de portas abertas para CTB e para qualquer trabalhador que quiser fazer a luta digna da sua categoria”, afirmou. “Os marítimos se orgulham de fazer parte da história de 15 anos da CTB”, parabenizou o secretário adjunto de Relações Internacionais, Carlos Müller, dirigente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar).
Fonte:CTB Brasil