Na COP27, Lula defende luta conjunta contra o aquecimento global e a pobreza
Seguramente, o discurso mais esperado na Conferência da ONU para o Clima, a COP 27, aconteceu nesta quarta (16), no Egito: a fala do presidente eleito do Brasil, Lula (PT). O petista propôs ações concretas contra as mudanças climáticas e defendeu mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Lula mostrou coerência com o discurso após sua eleição no dia 30 de outubro. "No pronunciamento que fiz ao fim da eleição, disse que não existem dois Brasis. Quero dizer agora que não existem dois planetas Terra. Somos uma única espécie e não haverá futuro enquanto continuarmos cavando um poço sem fundo de desigualdades entre ricos e pobres", disse.
O presidente eleito lembrou ainda que "a luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo". E destacou que do resultado da eleição no Brasil "dependia não apenas a paz e o bem-estar do povo brasileiro, mas também a sobrevivência da Amazônia e, portanto, do nosso planeta".
"BRASIL DE VOLTA"
"Não por acaso, a frase que mais tenho ouvido dos líderes de diferentes países é "o mundo sente saudade do Brasil." Quero dizer que o Brasil está de volta. Está de volta para reatar os laços com o mundo e ajudar novamente a combater a fome no mundo", afirmou.
Ao final, Lula propôs uma nova direção mundial. "Voltamos para ajudar a criar uma ordem mundial pacífica, assentada no diálogo, no multilateralismo e na multilateralidade. Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é mais o mesmo de 1945. É preciso incluir mais países no Conselho de Segurança da ONU e acabar com o privilégio do veto", defendeu.
LULA TAMBÉM:
> Prometeu esforços para zerar o desmatamento até 2030 e punir garimpo, mineração, extração de madeira e agropecuária indevida;
> Anunciou a criação do Ministério dos Povos Originários;
> Propôs uma Aliança Mundial pela Segurança Alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades;
> Ofereceu o Brasil como sede da COP 30, em 2025, em algum estado amazônico;
> Afirmou que o agronegócio será aliado estratégico na busca por agricultura sustentável;
> Propôs a Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica, com Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
com informações da Revista Fórum e g1