O avanço do ultraliberalismo no país, imposto pelos governos Temer e Bolsonaro, gera a pior crise do emprego enfrentada pelo Brasil nas últimas décadas. Quase 10 milhões de pessoas estão sem trabalho atualmente. O número é 54% maior do que o registrado no fim de 2013, quando 6,3 milhões estavam desempregadas.
Embora os últimos dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) apontem para uma redução no índice de brasileiros sem trabalho, o fato é que, na prática, a imensa maioria está na informalidade, sem direitos e com salário reduzido. Para se ter ideia, quase 40 milhões de trabalhadores são informais. Desse universo, 60% fazem bicos para sobreviver.
As mulheres são maioria. No segundo trimestre deste ano, o nível de ocupação delas foi de 47,1%. Já o dos homens chegou a 67,1%. Todas as regiões do país apresentam o mesmo comportamento diferenciado.
Os jovens também são atingidos pelo desemprego. Na faixa etária dos 18 anos aos 24 anos, a taxa foi de 19,3%. Já no recorte por raça/cor, a desocupação entre as pessoas pretas e pardas atinge 11,3% e 10,8%, respectivamente.
A pesquisa também revela piora na subutilização e redução do emprego formal. Hoje, o país possui 23,9 milhões subutilizadas, equivalente a 20,5% da força de trabalho. Além disso, houve redução de 1,6 milhão de ocupados no setor privado com contrato pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Fonte: CTB Brasil