Convenção Coletiva dos Bancários injetará R$ 14,2 bi na economia
A campanha salarial dos bancários vai dar um alívio à economia nacional, em grave crise desde o avanço da política ultraliberal, ocorrido nos governos Temer e Bolsonaro. A estimativa é de que sejam injetados R$ 14,2 bilhões até agosto de 2024, mês de validade da atual CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).
O montante engloba o reajuste salarial de 2022 e 2023, mais os aumentos dos vales alimentação e refeição e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A economia terá um acréscimo anual de R$ 4,2 bilhões somente com o reajuste deste ano. Já a PLR vai colocar em circulação R$ 8,7 bilhões até março de 2023. Desse total, R$ 4 bilhões serão ainda neste mês, com o pagamento da antecipação.
Outros benefícios que seguramente vão injetar mais dinheiro na economia e dar um alívio ao bolso dos trabalhadores são os vales alimentação e refeição, que tiveram reajuste de 10% neste ano. Com o aumento, mais R$ 932 milhões estarão em circulação no mercado interno. Ainda tem o abono do VA que coloca outros R$ 457 milhões na economia.
Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), feitos com base na RAIS 2019 (Relação Anual de Informações Sociais), e na estimativa para o INPC da data-base dos bancários, 8,83% (de setembro de 2021 a agosto de 2022).
Para Augusto Vasconcelos, pesidente do Sindicato dos Bancários da Bahia e vereador de Salvador, “está cada vez mais difícil manter os direitos da classe trabalhadora após a Reforma Trabalhista. Mesmo assim, com muita unidade da categoria em nível nacional, os bancários conseguiram renovar a Convenção, o que representa uma grande vitória e revela a força do Sindicato. Seguiremos lutando por melhores condições de trabalho e enfrentando o crescente adoecimento dos trabalhadores do sistema financeiro”.
Fonte: Sindicato dos Bancários