A taxa de aprovação ao governo de Jair Bolsonaro voltou a cair, indica a pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira (8). É o quarto levantamento seguido da série a registrar um recuo no apoio à gestão bolsonarista, num declínio constante iniciado em setembro de 2020.
Conforme a nova pesquisa, Bolsonaro é avaliado como “ruim ou péssimo” por 42% dos entrevistados, ante 40% em janeiro. Apenas 30% veem hoje o governo como “bom ou ótimo”. No mês passado, eram 32%.
O levantamento indica que a popularidade do presidente se deteriora especialmente entre as pessoas que têm renda de até dois salários mínimos. Nesse grupo, o “ruim ou péssimo” passou de 39% para 45%. O movimento também ocorre com mais força nas regiões Norte e Centro-Oeste (o indicador de reprovação passou de 32% para 40%) e Nordeste (de 43% para 48%).
Houve piora também na avaliação que os brasileiros fazem da atuação de Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus, ainda que dentro da margem de erro. Para 53%, o governo enfrenta a crise sanitária de forma “ruim” ou “péssima”. O índice cresce pesquisa a pesquisa – era de 52% em janeiro e de 47% em outubro, por exemplo.
A avaliação positiva do presidente no combate à pandemia (22%) é inferior à dos governadores (39%) e dos prefeitos (41%). Em relação ao momento da pandemia, 47% acham que o pior está por vir, enquanto 44% dizem que o pior já passou. Além disso, passou de 69% para 77% os que dizem que com certeza vão se vacinar.
A retomada do auxílio emergencial, por sua vez, é defendida por 53%. Para 17%, basta que o Bolsa Família seja ampliado. Quase a metade da população (49%), no entanto, acha que o governo não fará uma coisa nem outra. Nada menos que 57% da população aponta que a economia brasileira está no “caminho errado”, contra apenas 30% que avaliam a economia no “caminho certo”.
De modo geral, as expectativas de avanços no País se deterioram. Ao serem questionamos sobre a situação do Brasil daqui a seis meses, 48% afirmam que a corrupção terá aumentado ou aumentado muito. A pesquisa XP/Ipespe ouviu mil pessoas, de todo o País, entre 2 e 4 de fevereiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Com informações do Valor Econômico