Esta segunda-feira (21) será um dia decisivo para a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios, que se encontram em grave há mais de um mês em defesa de seus direitos. A partir das 13h30 ocorrerá o julgamento do Dissídio Coletivo da categoria pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em apoio a essa greve de resistência centrais sindicais, parlamentares e sindicalistas participam, às 10h, da vigília virtual organizada pelas entidades sindicais.
O julgamento e a vigília serão transmitidos pelas páginas da Federação Interestadual dos Trabalhadores das empresas de Correios e Telégrafos (Findect), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e sindicatos filiados. “Convidamos a todos a assistirem e marcarem sua presença em defesa dos trabalhadores dos Correios, que só estão em greve por causa da decisão da direção dos correios de retirar 70 das 79 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho”, diz trecho da divulgação da vigília virtual.
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Fonte do próprio TST consideram que o julgamento já é considerado de grande importância histórica, mesmo que não se possa prever o resultado, ainda mais em tempos de profunda precarização do trabalho. Em face da pauta de reinvindicação dos trabalhadores, que envolvem a defesa de direitos conquistados há mais de 30 anos, decisão do Tribunal, se contrária, poderá estabelecer uma nova visão sobre greve, movimento sindical e negociação coletiva. O julgamento, portanto, interessa a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, na medida em que poderá ocorrer um retrocesso ao século passado em termos das relações sindicais e dos direitos trabalhistas. Dentre as cláusulas cortadas pela empresa, e que serão julgadas, estão o pagamento de 30% de adicional de risco, redução do tíquete-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para os filhos com necessidades especiais, além da exclusão do transporte noturno.
De todo modo, a expectativa da categoria é que o TST mantenha decisão favorável aos trabalhadores. Na última audiência, o Tribunal propôs a continuidade do Acordo Coletivo vigente até o encerramento da pandemia, como forma de garantir as devidas condições de trabalho.
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Para Ricardo Rodrigues, o Peixe, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, “não tem como prever com exatidão como o Tribunal vai se comportar, por isso nos manteremos mobilizados até lá, pressionando para que sejam mantidos os direitos conquistados no nosso acordo coletivo de trabalho, mas estamos confiantes e torcendo para a decisão do TST ser em nosso favor”.
Assista abaixo a conclamação de Ronaldo Leite, diretor da FINDECT e da CTB
Via: CTB