A CTB e o Conasems apoiam a iniciativa do Conselho Nacional de Saúde em defesa de um Sistema Único de Saúde (SUS) com mais recursos financeiros. O CNS apresentou a petição pública com o objetivo de defender junto ao Congresso Nacional a continuidade do orçamento emergencial para a saúde em 2021. Com o fim do estado de calamidade pública, em 31 de dezembro de 2020, a regra do orçamento emergencial para enfrentamento à pandemia não existirá mais. Na prática, o SUS perderá R$ 35 bilhões em comparação aos recursos do Ministério da Saúde em 2020.
O Conasems tem se posicionado sobre as sequelas pós-pandemia da Covid-19. Estima-se que a defasagem na atenção ambulatorial e hospitalar em 2020, até o mês de junho, é de 491 milhões de procedimentos, e certamente esses serviços deverão impactar o orçamento de 2021. O próximo ano ainda estará sofrendo os efeitos da pandemia causada pela covid19. Para além dos pacientes com sequelas da doença que precisarão de acompanhamento multidisciplinar, existe o problema da baixa procura dos serviços de saúde para monitorar outras doenças e comorbidades.
“Nós temos milhares de mulheres que não vão fazer exames de prevenção em 2021 em razão da pandemia, por exemplo, e isso é preocupante porque casos de câncer de mama podem aumentar nos próximos anos. É um ciclo que precisa receber a devida atenção”, apontou o presidente do Conasems, Wilames Freire. A Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde (CNS) reuniu-se virtualmente na última quinta-feira (13/08), com o presidente e a vice-presidenta do Conasems, Willames Freire Bezerra e Cristiane Martins Pantaleão. A pauta foi a petição pública “Você vai deixar o SUS perder 35 bilhões em 2021?” lançada pelo CNS na última terça-feira (11/08).
O presidente do CNS, Fernando Pigatto, falou que o debate precisa chegar nas pessoas que estão nos municípios. “O apoio do Conasems é fundamental para ampliarmos essa mobilização, para coletarmos mais assinaturas, e também para ampliarmos o debate sobre a importância da defesa do SUS”, destacou.
Cristiane Pantaleão, vice-presidente do Conasems, ressaltou a posição da entidade de trabalhar em conjunto ao CNS. “Nosso objetivo em comum é cuidar das pessoas. Essa conversa só aumenta a nossa capacidade de tomar boas decisões com foco na saúde e bem estar da população”.
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