Pastorais Sociais e Movimentos Populares preparam Grito dos Excluídos 2020

Pastorais Sociais e Movimentos Populares preparam Grito dos Excluídos 2020

Geral CTB Geral 17/08/2020

Diante do agravamento da situação de Pandemia da Covid-19 e o impacto na vida das populações, as pastorais sociais e entidades presentes reafirmaram a importância de realizar ações virtuais de denúncia e construção de políticas públicas, principalmente para os grupos mais vulneráveis. No processo de construção do Grito, várias ações estão sendo pensadas, como a produção de lives, programas de rádio, vídeos, podcast, celebração virtual e spots para a divulgação do tema e lema do Grito.

A programação será em três etapas: o pré-Grito, o Grito dos Excluídos e o pós-Grito.

Pré-Grito (01/08 a 04/09): realização de Coletivas de Imprensa Online para a divulgação da agenda do Grito-2020 (07/08), participação em programas de rádio, TV e internet, Rodas de Conversas Online a partir do dia 01/08 e um momento ecumênico de celebração no dia 04/09.

Grito (07 de setembro) – realização de um Ato Público por Trabalho, Terra, Teto e Participação!  com um pequeno e representativo grupo de pastorais sociais e organizações da sociedade civil, tomando todas as medidas de proteção, e que possa ser transmitido ao vivo.

Pós-Grito (após 07 de setembro) – realização de Seminário Online de aprofundamento e continuidades das reflexões e ações do Grito – 2020.

Um breve histórico

A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995, com o lema: A fraternidade e os excluídos. Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito dos/as Excluídos/as estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência. O primeiro Grito dos Excluídos/as foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema “A vida em primeiro lugar”, e ecoou em 170 localidades. A partir de 1996, o Grito foi assumido pela CNBB que o aprovou em sua Assembleia Geral, como parte do PRNM (Projeto Rumo ao Novo Milênio – doc. 56 nº 129). A cada ano, se efetiva como uma imensa construção coletiva, antes, durante e após o Sete de Setembro. Mais do que uma articulação, o Grito é um processo, é uma manifestação popular carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos.

Objetivos do Grito 2020

Discutir com a sociedade o atual momento que vivemos no Brasil e no mundo, denunciando as estruturas opressoras e excludentes e as injustiças cometidas pelo sistema capitalista;

Refletir coletivamente que este modelo de “desenvolvimento”, baseado no lucro e na acumulação privada, não serve para o povo, porque destrói e mata;

Promover espaços de diálogo e troca de experiências para construir as lutas e a mudança, através da organização, mobilização e resistência popular;

Lutar contra a privatização dos recursos naturais, bens comuns e contra as reformas que retiram direitos dos/as trabalhadores/as;

Ocupar os espaços públicos e exigir do Estado a garantia e a universalização dos direitos básicos;

Promover a vida e anunciar a esperança de um mundo justo, com ações organizadas a fim de construir um novo projeto de sociedade;

Realizar mutirões em defesa da vida, por terra, teto e trabalho;

Motivar as comunidades, movimentos populares e governos locais a se empenharem na construção de um novo pacto econômico, a partir do chamado do Papa para a Economia de Francisco;

Fortalecer o mutirão da 6ª Semana Social Brasileira.

www.gritodosexcluidos.com