Entregadores de aplicativos realizam novo Breque dos Apps dia 25 de julho por melhoria nas condições de trabalho

Entregadores de aplicativos realizam novo Breque dos Apps dia 25 de julho por melhoria nas condições de trabalho

Geral CTB Geral 24/07/2020

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) apoia e se solidariza com o movimento dos trabalhadores e trabalhadoras que fazem entregas através de aplicativos. Neste sábado (25) haverá nova greve dos entregadores por melhores condições de trabalho. O movimento ficou conhecido como Breque dos Apps e registrou no dia 1º de julho atos em quinze cidades, dentre elas as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Belém do Pará.

“Essa categoria é uma das mais exploradas, o que é resultado da investida sem limites do capital sobre o trabalho e do aumento do desemprego no nosso país. A orientação é que os dirigentes das CTB nos Estados conversem com esses companheiros para organizar e criar sindicatos desta profissão no Brasil inteiro. É uma categoria que em pouco tempo vai ser uma das maiores categorias de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, disse Wagner Gomes, secretário geral da CTB. 

Na opinião do dirigente, a primeira greve no dia 1º de julho foi vitoriosa porque contou com o apoio da população que se solidarizou com os trabalhadores e trabalhadoras. “Com uma organização maior a tendências é que eles conquistem melhoria nas condições de trabalho. Essa categoria tem sido essencial para a manutenção do isolamento social durante a pandemia”. 

O Breque dos Apps reivindica a definição de uma taxa mínima de corrida maior do que a dos valores atuais e o fim do sistema de pontuação e suspensão imediata dos bloqueios sem justificativa (quando o entregador ou entregadora é bloqueado ou bloqueada fica algumas horas sem receber chamado).

Uma boa parte destes trabalhadores e trabalhadoras prestam serviços para iFood, Rappi e Uber Eats. O trabalho, que é considerado serviço essencial, acontece em uma realidade sem nenhuma proteção trabalhista ou que garanta um seguro contra acidentes ou contra a exposição ao coronavírus. Outras reivindicações dos entregadores e entregadoras é a distribuição regular e contínua de máscaras e álcool em gel e também o pagamento de uma licença em caso de afastamento por coronavírus. A categoria denuncia que muitos foram bloqueados ao comunicar à empresa que estavam com o coronavírus. 

Estudo da Unicamp, Ministério Público do Trabalho e Universidade Federal do Paraná apontou que durante a pandemia houve aumento da jornada dos entregadores e entregadoras e redução dos rendimentos de 58,9% daqueles que foram entrevistados. De acordo com o estudo, aumentou em 100% o número daqueles que ganham menos de 260 reais por semana. Quem tinha um rendimento maior que 650 reais semanais também teve perdas: Houve redução de 35,9% para 14,8% dos que se encontravam nesta faixa de rendimentos.

 

Via :CTB-Nacional