A decisão de Bolsonaro de ampliar os vetos à legislação sobre o uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus é um completo desatino. Segundo a versão esculpida pelo presidente, o uso de máscara não é obrigatório em presídios e os estabelecimentos não precisam afixar cartazes informando sobre o uso correto da proteção. Bolsonaro vetou também itens que tornavam obrigatório o uso de máscara em igrejas, comércios e escolas.
O presidente cumpre, com essa decisão, o que vem defendendo desde que o conoravírus apareceu no Brasil. No conjunto de sua obra, não é fora de propósito dizer que o país está sob o comando de um genocida. Bolsonaro tem se posicionado na margem oposta a todas as medidas convencionadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e prescritas por especialistas. Da mesma forma, nenhuma das providências para evitar que as pessoas se exponham na busca “do pão de cada dia” receberam a atenção devida do governo.
Além de ter levado o país a essa situação calamitosa, Bolsonaro não exerceu o papel de coordenar as ações em todo o país. Agora, com o avanço da pandemia até para os pontos mais isolados do vasto território nacional, a situação tende a piorar consideravelmente. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, há UTI em apenas 6% das cidades, o que expõe cem milhões de brasileiros ao risco de não contar com atendimento mais intensivo.
São dados que se somam a uma imensidão de evidências de que o Brasil não pode mais estar à mercê de um irresponsável, contumaz praticamente de abusos contra o povo e a nação. Com atitudes como essa, Bolsonaro deixa explícito que seu compromisso se limita à defesa da sua ideologia de extrema direita, um terraplanismo que beira à alucinação. O obscurantismo do seu governo condiz com a obtusidade das suas decisões.
Bolsonaro faz, com suas ações, aquilo que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse na famosa reunião ministerial obscena de 22 de abril – passar a “boiada” enquanto o país se ocupa da pandemia. Ao mesmo tempo em que impõe seu terraplanismo, sua equipe se encarrega de adotar medidas que são verdadeiros atentados aos interesses do povo e da nação.
O exemplo mais grave é o do ministro da Economia, Paulo Guedes, que além de impedir a abertura do cofre do Tesouro para o socorro das emergências do povo acena com mais um pacote de “reformas”, a promessa de mais cortes sociais e desregulamentação radical de setores estratégicos, como os elétrico, de gás natural e petróleo. Além de reafirmar a meta de privatizações selvagens. É o avanço do seu programa ultraliberal e neocolonial, o cerne do governo Bolsonaro.
Via: Portal Vermelho