O prefeito de Salvador, ACM Neto, em entrevista coletiva na tarde de hoje (7), confirmou que adotará medidas restritivas mais duras nos bairros da Boca do Rio, Plataforma e na Avenida Joana Angélica por causa do avanço da pandemia do novo coronavírus na capital baiana, a partir de sábado (9), com validade de sete dias. O prefeito, no entanto, disse que não se trata de um lockdown, que seria um fechamento completo.
Nos bairros citados, o Executivo municipal pode restringir a mobilidade e comércio, e as vias terão interdição viária das 7h às 19h. Moradores, mediante a apresentação do comprovante de residência, podem acessar a qualquer hora do dia.
No entanto, não terá restrição de transporte público nesses lugares.
"Fizemos um sombreamento das informações, especialmente do número de pessoas transportadas nos ônibus da nossa capital, número de veículos que transitam nas principais vias e número de interdições de estabelecimentos que não estão cumprindo o decreto. Nos dois últimos dias o número de carros que transitaram em média na cidade foi só de 19% a menos do que um dia normal. Houve um crescimento enorme", disse Neto.
Na Joana Angélica, houve 28 casos de Covid-19, aumento de 8% no número de transporte público e 24% de aumento no número de veículos que circulam pela região; na Boca do Rio, com 35 casos, um aumento de 8% no transporte e aumento de 35% no número de carros que trafegam pelo bairro e, por fim, no bairro da Plataforma, com 32 casos do novo coronavírus, teve aumento de 7% no transporte e 14% de aumento no número de automóveis.
A prefeitura vai fazer distribuição de máscaras, testes rápidos, higienização das ruas, medição de temperatura e distribuição de cestas básicas para ambulantes e feirantes, além de levar o CRAS itinerante para essas regiões atingidas.