O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve reunido com dirigentes das centrais sindicais e assegurou, durante almoço em sua residência oficial, nesta terça-feira (2), que vai trabalhar pela mudança na redação da MP 873/19, que dificulta ao máximo o recolhimento das contribuições sindicais.
O texto obriga o desconto por meio de boleto, e não por desconto em folha. Pelo que ficou acertado entre Maia e os dirigentes sindicais, nova redação à MP deverá ser apresentada até o dia 16 de abril. "Foi um encontro positivo", avaliou o presidente da CTB, Adilson Araújo. "Maia mostrou-se aberto ao diálogo e, ao contrário do governo Bolsonaro, reconhece as centrais como representantes dos trabalhadores e trabalhadoras". Haverá uma nova reunião no próximo dia 16.
Próximos passos
Depois do acordo entre o presidente da Câmara e as centrais sindicais, o passo seguinte é instalação da comissão mista, prevista para esta semana, para apreciar o texto da medida provisória.
A instalação do colegiado se dá com a eleição do presidente da comissão — deputados e senadores — que vai ser um senador, e a escolha do relator, que caberá à um deputado.
O relator vai ser indicado por algum partido do chamado “Centrão”, grupo de 10 partidos composto por PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB, PP e PSDB. (Com portal Brasil 2 Pontos)
O presidente Adilson Araújo e o vice-presidente da CTB, Joilson Cardoso, realizaram uma maratona de reuniões em Brasília nesta terça (2). "Estivemos com representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a quem expressamos as preocupações com os rumos do atual governo, que chegou a ameaçar retirar o Brasil da OIT e desrespeito abertamente as resoluções da organização, e depois com Maia. No próximo dia 11 teremos uma audiência-manifesto no Congresso com o movimento Levante das mulheres contra a reforma da Previdência. Teremos centenas de mulheres pressionando o Parlamento em defesa das aposentadorias e repudiando a proposta de Bolsonaro", anunciou.
Com informações do Diap