Os bancários se uniram aos protestos organizados pelas centrais sindicais nesta (20/2), contra a proposta de reforma da previdência social entregue ao Congresso pelo governo Bolsonaro, que prevê o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, o aumento da idade mínima para aposentar, além de outras mudanças que dificultam o acesso ao benefício.
Trabalhadores realizaram protestos e manifestações em diversas cidades do país, para alertar a sociedade sobre os prejuízos que esta reforma trará para a maior parte da população, principalmente a mais pobre. Na Bahia, foram realizadas atividades em Salvador, Feira de Santana e Itabuna, com a participação expressiva dos bancários.
O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, participou da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, em São Paulo, de onde falou sobre a importância dos protestos. “Este é um ato de resistência e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras contra o fim da previdência pública no Brasil. A proposta do governo vai trazer o caos social, trazendo prejuízos enormes para a economia no país, além de aprofundar ainda mais a desigualdade, que está crescente desde o golpe de 2016”.
Neto lembrou ainda que essa reforma não mexe com os privilégios dos militares e de algumas castas dos servidores e não interessa aos trabalhadores em geral. “Essa proposta só interessa ao grande capital, ao rentismo e aos banqueiros, que querem transformar a previdência em mera capitalização. Ou seja, tira a responsabilidade do governo, do empresariado e transfere esta responsabilidade apenas para o trabalhador. Caso esta reforma seja aprovada, a juventude será extremamente prejudicada, os municípios serão prejudicados, a sociedade em geral será prejudicada, para beneficiar apenas os banqueiros”, acrescentou.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos e o diretor Aroldo Moreira; o presidente da CTB Nacional, Adilson Araújo, e da CTB Bahia, Pascoal Carneiro, também participaram da plenária em São Paulo.
FEEB