Servidores são barrados e deputados aprovam reforma administrativa do governo

Geral CTB Geral 13/12/2018

Com forte resistência, servidores públicos do estado permaneceram mobilizados na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (12/12). Apesar da resistência, os trabalhadores deixaram o local com grande indignação após a aprovação do Projeto de Lei de Reforma Administrativa da Bahia que prevê o aumento da alíquota do Funprev de 12% para 14% e a redução em 50% do repasse do governo ao Planserv, foi aprovado. Os dirigentes sindicais agendaram uma reunião para a próxima segunda-feira (17/12) para decidir os próximos passos da mobilização.

Durante todo dia a luta foi intensa. Mais de 100 servidores acampados no Plenário da Assembleia Legislativa desde a tarde de terça-feira (11) foram impedidos de acompanhar a votação que ocorreu no auditório do anexo às escondidas. Do lado de fora e sob o sol quente, outros servidores foram barrados por tropas da polícia e proibidos de entrar na Casa do Povo.

Durante toda mobilização, dirigentes sindicais e servidores denunciaram a forma autoritária e desrespeitosa com que o governo do estado vem tratando os trabalhadores ao longo dos últimos anos.

“Vamos continuar lutando e analisar quais medidas podem ser tomadas para evitar que os trabalhadores sejam penalizados e paguem mais esta conta, pois já estamos sem reajuste há quatro anos”, afirmou a presidente do Sindsaúde-BA, Ivanilda Brito. Ela ressaltou que o movimento saiu fortalecido e conclamou a categoria para continuar unida e mobilizadapelo reajuste salarial.

“Todos foram guerreiros. Pela primeira vez os servidores do estado, de forma unificada, ocuparam a Assembleia Legislativa da Bahia e suspenderam a sessão na marra, mostrando a força do movimento. Não vamos recuar”, destacou a diretora do Sindsaúde e vereadora de Salvador, Aladilce Souza, lamentando a falta de diálogo por parte do governo.

O pacote de maldades do Governador Rui Costa foi aprovado por todos os 39 governistas presentes na votação.  Os deputados que votaram à favor do projeto e contra os servidores foram: Aderbal Caldas (PP), Adolfo Menezes (PSD), Alan Castro (PSD), Alex de Piatã (PSD), Alex Lima (PSB), Angela Souza (PSD), Angelo Almeida (PSB), Angelo Coronel (PSD), Antônio Henrique (PP), Bira Coroa (PT), Bobô (PCdoB), Carlos Geilson (PSDB), Carlos Ubaldino (PSD), Eduardo Salles (PDT), Fabíola Mansur (PSB), Falcão (PCdoB), Fátima Nunes (PT), Gika Lopes (PT), Jânio Natal (Pode), Joseildo Ramos (PT), Jurandy Oliveira (PRP), Luiz Augusto (PP), Manasses (PSD), Marcelo Nilo (PSB), Maria Del Carmen (PT), Marquinho Viana (PSB), Mirela Macedo (PSD), Nelson Leal (PP), Neusa Cadore (PT), Pastor Sargento Isidório (Avante), Paulo Rangel (PT), Reinaldo Braga (PR), Roberto Carlos (PDT), Robinho (PP), Rosemberg Pinto (PT), Vitor Bonfim (PR), Zé Neto (PT), Zé Raimundo (PT).

Sindsaúde