É assustador observar a evolução do aumento do gás de cozinha no país nos últimos 2 anos. A política de reajuste de preços implementada pela gestão Michel Temer penaliza os mais pobres e pesa no orçamento de milhões trabalhadores e trabalhadoras.
Hoje, o custo de um botijão pode variar de R$ 70 até quase R$ 100. No início deste mês, o aumento do produto foi de 8,5%, enquanto a inflação acumulada dos últimos 12 meses foi de 4,56%.
Vale lembrar que, entre janeiro de 2003 e agosto de 2015, o valor do botijão de gás residencial era de R$ 13,51 nas refinarias da Petrobras. O preço agora nas refinarias é de R$ 25,07.
Pacote de maldades
A política de reajuste, proposta por Michel Temer, foi oficializada em julho de 2017. Dados do IBGE indicam que, em 2017, 1,2 milhões domicílios brasileiros deixaram de comprar o botijão de gás e se arriscaram em alternativas perigosas, como o álcool e a lenha.
Falta de segurança
Item indispensável para a sobrevivência das famílias, os sucessivos aumentos do gás de cozinha não só tornam a vida mais difícil, eles afetam também a segurança, seja alimentar ou física, já que milhões foram obrigados a trocar o gás de cozinha pelo álcool ou lenha.
Essa substituição tem custado vidas. Informações publicadas na imprensa pernambucana indicam que revelam que, em julho, deste ano, 90% das pessoas internadas da na Unidade de Queimados do Hospital da Restauração (HR), em Recife, se acidentaram ao cozinhar com álcool.
No final de 2017, quando o mapeamento foi iniciado, 60% dos pacientes internados na unidade eram vítimas desse tipo de acidente.
Portal CTB