Mesmo com os lucros astronômicos os bancos que atuam no Brasil continuam demitindo em larga escala, como mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Entre janeiro e maio foram 13.958 desligamentos, com o fechamento de 2.675 postos de trabalho, uma vez que o setor contratou outros 11.283 empregados. Na Bahia foram extintas 151 vagas e outras 46 foram fechadas em Sergipe.
Os números mostram a política de precarização do emprego e descarte dos trabalhadores mais velhos adotada pelos bancos, que concentraram suas contratações em funcionários com até 29 anos e a demissão entre aqueles com mais de 40 anos. Com isso pagam salários menores e dispensam os bancários adoecidos pela rotina do setor.
Os dados começam a refletir ainda a Reforma Trabalhista. As demissões sem justa causa representaram 53,4% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e maio de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 38,8% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 24 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 8.898,58.
A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.557 postos nos cinco primeiros meses do ano. No caso da Caixa, devido, em grande parte, ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, o fechamento foi de 1.191 postos no período.
Fonte: SIndicato dos Bancários