A diretoria do Sindsaúde-Ba e servidores do Hospital Geral Roberto Santos participaram, no dia 29/05/2018, de audiência no Ministério Público do Estado para discutir sobre a política de terceirização/privatização desenfreada que vem sendo implantada pelo governo do estado nas unidades de saúde, sobretudo no HGRS, maior unidade de atendimento hospitalar do SUS no Estado da Bahia.
Participaram da reunião as diretoras Inalba Fontenelle e Maria Celeste do Rosário, os servidores Allan Malheiros, Maria de Fátima Santos e Rodinelli Araújo. A comissão foi recebida pelo promotor de justiça Luciano Taques Ghignohne, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa – CAOPAM.
A comissão relatou que diversas unidades do estado já foram ou estão sendo privatizadas e com serviços geridos por diversas modalidades de terceirização. No caso do Hospital Geral Roberto Santos, diversos setores são geridos por empresas privadas como Serviço de Imagem, Hemodinâmica, Setor de Neurologia, Nutrição, Lavanderia, dentre outros.
A nova ameaça é a terceirização do Setor de Laboratório de Análises Clínicas, o que poderá comprometer a qualidade no atendimento, sobretudo no que diz respeito à eficiência e rapidez na realização desses exames, de forma a subsidiar o diagnóstico. Atualmente, a média para a realização de um exame de sangue simples, por exemplo, para pacientes internados no HGRS é de apenas 1 hora, enquanto na rede privada, a média de espera é de até 6 horas. Outra preocupação é que as doenças epidemiológicas podem ser subnotificadas, uma vez que o serviço não será interligado à rede própria da Sesab.
O promotor afirmou que o MPE vem acompanhando as terceirizações da saúde pública na Bahia, destacando que achou importante a iniciativa dos trabalhadores em denunciar os casos de terceirização, sobretudo dentro do HGRS.
Fonte: Sindsaúde-Ba