RETROCESSO: Reforma trabalhista afeta consumo e desenvolvimento do Brasil
Nem a grande mídia nem as empresas que apoiaram o golpe contra a presidente Dilma e contra a democracia brasileira têm como esconder os fracassos do governo Temer. Nesta segunda -feira (26/03), a Folha de São Paulo publicou matéria afirmando que a falta de carteira assinada, provocada pela aprovação da reforma trabalhista, gera insegurança e inibe o consumo entre as famílias.
A conclusão é da consultoria AC Pastore, que reconhece, claramente, que "a propensão a consumir de um empregado formal, que tem mais segurança e acesso ao crédito, é maior do que a de um informal”. Além disso, diz: “Não haverá recuperação econômica pelo consumo" e "a reforma trabalhista trouxe profunda alteração no mercado de trabalho". Entre os sócios da consultoria está Affonso Celso Pastore, economista entusiasta da reforma trabalhista do governo de Michel Temer.
A realidade, no entanto, tem atropelado o otimismo dos governistas e apoiadores do governo ilegítimo. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada há um mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que em 2017 aumentou em 5,7% o número de trabalhadores sem carteira assinada no país e caiu 2% o número de trabalhadores formais.
Em novembro de 2017 passou a vigorar a reforma trabalhista de Michel Temer que prometeu gerar empregos e aquecer a economia do país, o que não aconteceu. O que fica cada dia mais evidente é a incapacidade do governo em gerar empregos formais, fortalecer a indústria nacional e promover desenvolvimento econômico com inclusão social.
O trabalhador informal não tem direito a férias, nem ao 13º e ainda ganha 44% a menos do que aquele que tem a carteira assinada, o que inibe o consumo que poderia alavancar a retomada do crescimento, como constatou a consultoria Pastore.
Para piorar, a reforma estimulou o rebaixamento da renda. Dados de novembro do Cadastro de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho mostram que os contratados naquela ocasião recebiam menos do que os que haviam sido demitidos no período.
* Informações de Agências