Para surpresa das entidades que lutam por mais democracia e justiça social, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou na mídia, semana passada, que vai militarizar escolas estaduais. A CTB-BA é totalmente contrária a essa medida e entende que esse não é o caminho para a estruturação, o fortalecimento e a melhoria da educação pública no Estado.
Para a Central, educação não combina com opressão nem autoritarismo. O que a sociedade deseja é o reforço da democracia, das instituições democráticas, plurais, criativas, não de revistas, berros, constrangimentos e cerceamentos.
A proposta do governador desafia o bom senso, reforça o autoritarismo como solução para conflitos e ressuscita políticas conservadoras e de base opressora, inaceitáveis no Estado.
Nesse mesmo sentido, a APLB-Sindicato também emitiu nota discordando da proposta do governador, considerando a militarização um equívoco.
Na opinião do coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, as escolas estaduais precisam, primeiramente, ter uma boa infraestrutura, com ginásio de esportes, piscinas, funcionários, coordenadores pedagógicos e corpo docente por meio de concurso público. Segundo, é preciso acabar com a terceirização, garantir reajustes salariais para os ativos e aposentados, incentivar e realizar melhor formação continuada, política de segurança e combate à violência escolar.
"O agente militar deve cuidar é da segurança dos baianos que, a propósito, está deixando muito a desejar, não de escolas", afirmou Rui.
