CTB-BA repudia e lamenta assassinato da ativista e vereadora Marielle Franco
A CTB-BA repudia os assassinatos da ativista Marielle Franco, vereadora pelo PSOL no município do Rio de Janeiro, e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, na noite de quarta-feira (14/03). A central considera o ato covarde, antidemocrático e abominável, sendo fundamental que os culpados sejam identificados e punidos o mais rápido possível. Ao mesmo tempo, manifesta solidariedade aos movimentos negro e de direitos humanos, ao PSOL, aos amigos e familiares dos mortos.
Mulher, negra, Marielle era defensora dos direitos humanos e lutava por um país mais justo. Nasceu no Complexo da Maré, era socióloga e foi eleita vereadora do Rio, com 46.502 votos. Atualmente, presidia a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara.
Ela trabalhou em organizações da sociedade civil, como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm), tendo decidido pela militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, em um tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.
Formada pela PUC-RJ e com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), atuou na coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), fazia parte da comissão que fiscalizava a Intervenção Militar do Governo Federal no Rio de Janeiro e recentemente fez duras denúncias de abusos policiais na favela de Acari.
A luta de Marielle é uma inspiração para todos aqueles que batalham por um Brasil mais justo e por uma sociedade mais democrática, sem preconceitos, violências, abusos e opressões. Sua perda, da mesma forma, é sinal de tristeza para toda a classe trabalhadora, para as mulheres, para os pobres, para a população marginalizada, para aqueles que lutam.
Marielle, presente! Sua morte não será em vão!
CTB-BA