Mais uma prova de que o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016 só beneficia os super ricos do Brasil. A renda per capita dessa parcela diminuta da população cresceu 7,5% do fim de 2014 a 2016. Fazem parte do nicho dos privilegiados aqueles que ganham mais de 160 salários mínimos por mês (R$ 140,8 mil).
Enquanto isso, a parcela mais pobre sofre com o aumento da miséria. Uma realidade cruel e desumana. Documento da Receita Federal aponta aumento da concentração de renda no Brasil pós Temer. Foi também com o atual governo que o país voltou ao Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).
O relatório mostra ainda que os mais ricos pagam pouco imposto de renda. Para o topo da pirâmide social, a alíquota efetiva do IR em 2016 foi de apenas 6,1%. Tudo porque dois terços da renda desse segmento, provenientes principalmente de lucros e dividendos, são isentos de tributação.
O rendimento médio dos contribuintes do grupo dos super-ricos era de R$ 5,873 milhões em 2016. Deste valor, R$ 3,805 milhões eram rendas isentas, R$ 1,390 milhão tributado exclusivamente na fonte (aplicações financeiras) e só R$ 677,9 mil tributáveis. Uma realidade bem longe da maior parcela da sociedade brasileira.
* Matéria reproduzida do site do Sindicato dos Bancários da Bahia